Encontro em voo: como F-39 da FAB encontram F-16 argentinos em espaço aéreo brasileiro
F-16 Argentinos e F-39 Gripen da FAB se encontram em formação rara registrada pela FAA
A chegada dos primeiros seis F-16 Fighting Falcon à Força Aérea Argentina ganhou um capítulo extra de simbolismo no Brasil. Durante o voo de traslado entre a Base Aérea de Natal (BANT) e a Argentina, caças F-39E Gripen da Força Aérea Brasileira apareceram em formação com os F-16 e com aeronaves de apoio dos Estados Unidos. Assim, o trecho sobre território brasileiro virou um marco de cooperação e de demonstração de capacidade aérea na região.
Imagens divulgadas em vídeo institucional pela Força Aérea Argentina mostram claramente o momento em que, já em espaço aéreo brasileiro, ao menos quatro F-39 da FAB voam em ala com a esquadrilha de F-16. A cena registra um encontro raro entre dois caças de quarta geração operados por países vizinhos da América do Sul. Além disso, reforça o peso simbólico do Brasil como corredor aéreo seguro para a etapa final do traslado.

Traslado longo, com escala em Natal
O traslado dos F-16 começou na Dinamarca, na base aérea de Skrydstrup, e percorreu cerca de 12.200 quilômetros, em 7 dias de viagem até a Argentina. Ao longo do caminho, a formação fez paradas técnicas em Zaragoza, na Espanha, e em Gando, nas Ilhas Canárias. Depois disso, iniciou a travessia mais longa sobre o Atlântico, rumo ao Nordeste brasileiro.
No Brasil, a Base Aérea de Natal foi escolhida como ponto de apoio para a etapa final da viagem. Em nota oficial, a Força Aérea Brasileira informou que as aeronaves argentinas estavam autorizadas a sobrevoar o território nacional e a pousar na BANT, com permanência prevista entre os dias 3 e 5 de dezembro de 2025. A decolagem seguinte completaria o deslocamento rumo ao destino final na Argentina.
Essa parada técnica em Natal encerrou a parte mais crítica da travessia oceânica. Além disso, ofereceu infraestrutura para os caças e para as aeronaves de apoio, facilitando o reabastecimento, o descanso das tripulações e a coordenação com o sistema de defesa brasileiro.
Onde entram os F-39 Gripen da FAB
O envolvimento direto dos F-39 Gripen aparece justamente no trecho seguinte da missão. As imagens divulgadas pela Força Aérea Argentina mostram que os caças brasileiros passaram a voar em formação com os F-16 após a saída de Natal. Assim, o voo em ala ganhou destaque principalmente na fase inicial do deslocamento em território brasileiro.
No vídeo, é possível observar quatro F-39E Gripen da FAB voando lado a lado com os F-16 AM/BM argentinos e com aeronaves de reabastecimento KC-135 da Força Aérea dos Estados Unidos. A formação segue em direção ao interior do país e, segundo a rota prevista, alcança a região Centro-Oeste. A partir desse ponto, os F-39 se separam e seguem para a Base Aérea de Anápolis, enquanto os F-16 continuam a viagem rumo ao sul.
Até o momento, a não FAB publicou nota oficial específica detalhando a participação dos Gripen no voo em ala. Mesmo assim, o registro em vídeo e a repercussão em veículos especializados consolidam o fato de que houve participação ativa dos F-39 nesse trecho da missão.
Cooperação, e não interceptação
A informação de que caças F-39 da Força Aérea Brasileira voaram em formação com F-16 argentinos é verdadeira, porém precisa de contexto. O encontro ocorreu em um cenário de cooperação, durante um traslado previamente autorizado. Portanto, não se tratou de uma interceptação hostil ou de reação a qualquer violação de espaço aéreo.
Voo em ala, nesse tipo de missão, funciona como demonstração de interoperabilidade e de boa relação entre as forças aéreas envolvidas. Além disso, serve como oportunidade de treinamento em comunicações, coordenação de tráfego e procedimentos táticos básicos. Dessa forma, a presença dos F-39 ajuda a manter a segurança de todos os envolvidos durante a perna final de uma viagem longa e complexa.
Por isso, embora a imagem de Gripen e F-16 lado a lado tenha forte apelo simbólico, o contexto é de operação combinada e logística. Todo o trajeto foi planejado com antecedência e conduzido de forma transparente entre Brasil, Argentina, Dinamarca e Estados Unidos.
Marco simbólico
O voo em ala entre F-39 Gripen brasileiros e F-16 argentinos também carrega um significado regional importante. De um lado, a Argentina marca a retomada da capacidade de interceptação supersônica, após anos sem um caça moderno em serviço. De outro, o Brasil segue incorporando o Gripen como vetor principal de defesa aérea, com a entrega gradual de novos exemplares à FAB.
Essa cena em espaço aéreo brasileiro antecipa um cenário em que caças F-16, Gripen e outros vetores da região poderão se encontrar com mais frequência. Exercícios combinados, operações de treinamento e missões multinacionais tendem a se tornar mais comuns à medida que as frotas se consolidam. Nesse contexto, o traslado dos F-16 e a participação dos F-39 funcionam como um cartão de visita dessa futura interoperabilidade sul-americana.
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