FAB busca substituto para a Oi e evita risco no controle do tráfego aéreo brasileiro

Jota

10 de outubro de 2025

FAB busca substituto para a Oi e evita risco no controle do tráfego aéreo brasileiro_Imagem Ilustrativa

A Força Aérea Brasileira (FAB) busca substituto para a Oi diante da crise financeira da empresa, que ameaça os serviços de comunicação usados no controle do tráfego aéreo. A medida surgiu após decisões judiciais que agravaram a situação da operadora e acenderam o alerta sobre a estabilidade das conexões do sistema Cindacta. Com isso, a FAB iniciou um plano de transição para proteger o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

FAB busca substituto para a Oi e evita risco no controle do tráfego aéreo brasileiro_Imagem Ilustrativa
FAB busca substituto para a Oi e evita risco no controle do tráfego aéreo brasileiro_Imagem Ilustrativa

Fontes externas afirmam que a Oi fornece cerca de 70% da conectividade dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). Ainda assim, a Aeronáutica não confirmou oficialmente esse percentual, e o número deve ser tratado como estimativa.

A FAB reconhece a relevância da operadora para as comunicações estratégicas, mas reforça que o sistema possui camadas de redundância capazes de garantir estabilidade. Dessa forma, a aviação brasileira segue operando com segurança, mesmo que ocorram falhas pontuais em algum canal de transmissão.

Na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a juíza Simone Chevrand afastou diretores e conselheiros da Oi após identificar indícios de esvaziamento patrimonial e dificuldades na manutenção de serviços essenciais. A decisão determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acompanhasse diretamente os contratos de interesse público da empresa.

Diante desse cenário, a Aeronáutica intensificou a revisão de contratos e ampliou o mapeamento técnico de alternativas. O objetivo é antecipar soluções e evitar que eventuais instabilidades prejudiquem as comunicações entre radares, centros de controle e aeronaves.

A FAB informou que atua junto à Anatel em um plano conjunto para preservar a continuidade das operações. Segundo o comunicado, a parceria busca manter a resiliência da rede e garantir comunicações seguras entre os centros de controle do espaço aéreo. Além disso, o SISCEAB utiliza múltiplos provedores e rotas independentes, o que reduz riscos de paralisação.

Cada centro regional do Cindacta também possui planos de contingência próprios. Quando há instabilidade em uma rota, o sistema transfere automaticamente os dados para outro canal. Assim, o tráfego aéreo permanece monitorado e as operações seguem sem interrupções relevantes.

Com a crise da Oi, a FAB busca substituto que atenda aos mais altos padrões técnicos e de segurança. O novo fornecedor deverá garantir alta disponibilidade, proteção criptográfica e conformidade com normas da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).

Fontes ligadas ao setor afirmam que o processo de seleção já começou. Embora não haja confirmação pública de empresas candidatas, o trabalho ocorre em conjunto com a Anatel, que supervisiona contratos considerados críticos para a defesa nacional.

O caso reacende um alerta antigo sobre a dependência da Oi em infraestruturas estratégicas da aviação. Em 2024, uma disputa com a Hispamar levantou preocupações sobre a continuidade das comunicações via satélite. Naquele período, a Aeronáutica afirmou que possuía rotas alternativas e capacidade suficiente para manter as operações.

Agora, o contexto é mais amplo, já que inclui fibras ópticas e enlaces terrestres responsáveis por interligar radares, bases e centros de comando. Por esse motivo, a FAB decidiu antecipar medidas para eliminar vulnerabilidades e garantir que a conectividade nacional permaneça estável.

Alguns pontos, no entanto, seguem indefinidos. A Aeronáutica mantém sigilo sobre os candidatos à substituição e sobre o cronograma de transição. Já a Anatel informa que continua monitorando a situação e acompanhando contratos estratégicos de telecomunicações.

Apesar das incertezas, técnicos da FAB asseguram que o sistema opera normalmente. As redundâncias existentes impedem que uma falha isolada afete o controle do espaço aéreo. Com isso, o tráfego aéreo segue sob vigilância integral e sem risco de paralisações.

Ao agir de forma preventiva, a FAB busca substituto para a Oi e demonstra planejamento diante de um cenário de instabilidade. A medida reforça o compromisso da Aeronáutica com a segurança do tráfego aéreo brasileiro e garante estabilidade operacional durante a transição. A troca, quando concluída, deve consolidar uma rede mais robusta e segura para o país.

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