Aviao-encontrado-na-Floresta-Amazonica
A FAB – Força Aérea Brasileira – confirmou na terça-feira, 22 de abril, que localizou o monomotor Cessna 182 PT-IVN – Papa Tango – Indian Vitor November -, desaparecido desde o dia 16 de abril. Equipes da FAB encontraram a aeronave em uma área de mata fechada, próxima à fronteira com a Guiana. Com isso, a operação de resgate, liderada pela própria Força Aérea com apoio de bombeiros e voluntários, chegou ao fim após dias de buscas intensas.
Além da FAB, participaram das buscas o Corpo de Bombeiros de Santarém, a Defesa Civil de Oriximiná e voluntários locais. O piloto, Marcelo Noronha Muniz, de 58 anos, não sobreviveu.
Marcelo decolou do garimpo Olímpia, em Porto Trombetas (PA), com destino à pista conhecida como “Nova”, localizada a apenas 61 quilômetros do ponto de origem. Ainda durante o voo, ele relatou uma falha no motor e afirmou que tentaria um pouso forçado próximo à pista.
Logo após essa comunicação, o contato foi interrompido. Desde então, as equipes iniciaram uma busca aérea e terrestre que cobriu mais de 657 milhas náuticas quadradas, aproximadamente 1.057 km quadrados de área de buscas
A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou as buscas de forma imediata, mobilizando suas aeronaves de resgate mais avançadas. Para isso, o SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAv) – conhecido como Esquadrão Pelicano –, decolou de Campo Grande–MS com destino a Boa Vista–RR, onde passou a realizar missões de reconhecimento e patrulha aérea.
Enquanto isso, o helicóptero H-36 Caracal, pertencente ao Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAv), seguiu para o município de Tiriós (PA). Além de operar em áreas de selva com facilidade, essa aeronave oferece recursos avançados de resgate, o que aumentou a eficácia das ações no terreno.
Fora isso, a FAB coordenou diretamente com bombeiros e autoridades locais, o que possibilitou maior precisão na definição das áreas críticas a serem sobrevoadas. Com isso, as buscas avançaram com mais agilidade, mesmo diante das condições desafiadoras da floresta amazônica.
Por fim, toda essa estrutura logística demonstrou, mais uma vez, a importância da atuação integrada da FAB em emergências, aérea.
A Prefeitura de Oriximiná–PA enviou equipes de apoio, incluindo bombeiros civis e moradores com experiência em buscas na selva. O prefeito José William Fonseca declarou solidariedade à família e destacou o esforço conjunto das autoridades e voluntários.
Além disso, o município prestou apoio logístico à Força Aérea Brasileira e disponibilizou embarcações para facilitar o deslocamento por rios e igarapés da região.
A aeronave foi encontrada com danos estruturais compatíveis com impacto contra o solo. O corpo de Marcelo permanecia na cabine, o que indica que ele não conseguiu abandonar o avião. A FAB irá conduzir uma análise detalhada para determinar a causa exata do acidente.
Enquanto isso, familiares, colegas e a comunidade aeronáutica lamentam a perda de um piloto experiente, conhecido por sua atuação em voos por rotas remotas da Amazônia.
A queda da aeronave ocorreu em uma área de difícil acesso, situada na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, no município de Oriximiná, oeste do Pará. Essa região combina relevo acidentado, mata densa e trilhas quase inexistentes, o que aumenta significativamente o tempo de resposta em emergências.
Além disso, o local abriga comunidades quilombolas e ribeirinhas, que vivem em harmonia com a floresta, mas enfrentam limitações de infraestrutura. Por isso, o apoio de moradores locais foi essencial para orientar as buscas.
Outro fator que contribuiu para a complexidade da missão foi a proximidade de áreas de mineração. A região é marcada por operações da Mineração Rio do Norte, uma das maiores produtoras de bauxita do país. Como consequência, o tráfego logístico é intenso, mas nem sempre favorece operações de resgate aéreo.
Diante de tantos obstáculos naturais e humanos, a atuação integrada entre FAB, bombeiros e moradores da região possibilitou localizar a aeronave, mesmo em condições extremamente adversas.
O caso reforça os perigos enfrentados por quem voa na Amazônia. A densidade da floresta, as limitações de infraestrutura e a distância dos centros urbanos tornam qualquer emergência uma operação de risco.
A dedicação das equipes envolvidas na busca mostra o comprometimento das instituições brasileiras com a aviação civil e o resgate humanitário.
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