FAB intercepta avião com cassiterita

Jota

30 de junho de 2025

FAB intercepta avião com cassiterita na Terra Yanomami. A operação envolveu caças A-29, radar E-99 e apoio da Polícia Federal no solo.

A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou um avião modelo Cessna 182 no dia 23 de junho de 2025. A aeronave sobrevoava a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA 41), localizada sobre a Terra Yanomami, sem plano de voo autorizado. Com isso, a FAB ativou o protocolo de defesa aérea. A operação contou com caças A‑29 Super Tucano e uma aeronave radar E‑99. Além disso, o controle ficou sob responsabilidade do CINDACTA IV, em Manaus.

FAB intercepta avião com cassiterita na Terra Yanomami. A operação envolveu caças A-29, radar E-99 e apoio da Polícia Federal no solo.
FAB intercepta avião com cassiterita na Terra Yanomami. A operação envolveu caças A-29, radar E-99 e apoio da Polícia Federal no solo.

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) coordenou a missão como parte da Operação ZIDA 41. Além disso, a ação integrou o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), criado para combater atividades aéreas ilegais em regiões sensíveis. A Polícia Federal deu apoio no solo, o que fortaleceu a resposta das autoridades. Dessa forma, a missão contou com atuação conjunta e eficiente.

Após detectar a aeronave com o radar embarcado, os pilotos da FAB iniciaram o reconhecimento visual. Em seguida, tentaram comunicação por rádio com o piloto. No entanto, como não houve resposta, os caças acompanharam o avião até uma área remota. Lá, o piloto realizou um pouso forçado. A FAB aplicou todas as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), conforme os protocolos militares.

Logo após o pouso, a FAB acionou um helicóptero H‑36 Caracal do Esquadrão Puma (3º/8º GAV). A aeronave transportou os agentes da Polícia Federal até o local. Com isso, foi possível aplicar rapidamente as Medidas de Controle no Solo (MCS). A resposta imediata garantiu o sucesso da ação e preservou a integridade da ocorrência.

Durante a inspeção, os agentes federais encontraram uma grande carga de cassiterita. O piloto não apresentou qualquer documento que comprovasse a origem ou o destino do minério. Por esse motivo, a carga foi apreendida. Conforme a Lei nº 9.605/1998, o caso foi tratado como crime ambiental. A FAB resgatou o piloto e o levou ao hospital em Boa Vista–RR, onde ele permanece sob custódia.

A cassiterita é a principal fonte de estanho, metal usado em setores industriais estratégicos. Entre suas aplicações, destacam-se baterias, painéis solares, soldas e ligas metálicas. Por essa razão, o minério possui alto valor comercial. O quilo pode ultrapassar US$ 20, dependendo da pureza. Mesmo com o risco envolvido, o contrabando aéreo segue atraente para organizações criminosas.

A interceptação reforça o papel da Força Aérea Brasileira na proteção do espaço aéreo brasileiro. Além disso, mostra a importância da cooperação entre as Forças Armadas e a Polícia Federal. Ao impedir a entrada de voos irregulares sobre terras indígenas, a FAB combate o garimpo ilegal e protege os recursos minerais da Amazônia. Dessa forma, o Estado assegura soberania e respeito à legislação ambiental.

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