FAB só tem combustível até o dia 3 de agosto e pode parar missões essenciais
Situação crítica da FAB compromete transporte de órgãos e missões operacionais
Relatos divulgados pela imprensa e redes sociais apontam que a Força Aérea Brasileira (FAB) só tem combustível garantido até o dia 3 de agosto. Se confirmado, o problema pode afetar o transporte de órgãos para transplantes e voos operacionais. Além disso, a escassez de recursos ameaça a manutenção de aeronaves, comprometendo toda a estrutura da Aeronáutica.
Missões essenciais em risco, enquanto os privilégios seguem decolando
Mesmo com o alerta de crise, o governo federal determinou a instalação de duas salas VIP da FAB para a COP 30, na Base Aérea de Belém, em novembro. A medida prioriza o conforto de autoridades e convidados, enquanto missões vitais correm o risco de interrupção. Essa escolha expõe uma inversão de valores no uso da estrutura pública.
A pergunta persiste: se a FAB deixar de transportar órgãos por falta de combustível, os jatinhos executivos seguirão atendendo ministros? Ou finalmente essas autoridades usarão a aviação comercial como qualquer cidadão?
Ministros evitam voos comerciais mesmo sem aeronaves da FAB
Segundo a imprensa, diversos ministros e políticos têm evitado viajar em aviões comerciais após a restrição no uso das aeronaves da FAB. Muitos preferem permanecer em Brasília, evitando filas, exposição e contato com a população nos aeroportos. Em vez de se submeter às rotinas da aviação civil, alguns optam por alugar jatos executivos discretamente.
Para autoridades acostumadas ao conforto estatal, o embarque comum tornou-se um constrangimento a ser evitado a qualquer custo. A crise, portanto, reforça o abismo entre a elite política e os brasileiros comuns.
FAB sem dinheiro para missões vitais, mas usada como transporte VIP a serviço do governo
Enquanto a FAB alerta sobre a falta de combustível, seguem os relatos de voos usados com finalidades políticas. No dia 27 de junho, um jato executivo do Grupo de Transporte Especial GTE, levou ministros e políticos a Parintins–AM, sob pretexto de encontros com prefeitos — justamente durante o tradicional festival folclórico da cidade.
Poucos dias depois, em 1º de julho, o Legacy 600 da FAB (prefixo FAB 2585) viajou até Lisboa para transportar um senador a um evento privado, apelidado nas redes de “Gilmarpalooza”. Ainda houve missão ao Caribe para buscar representantes estrangeiros e levá-los de volta, após agenda com o presidente Lula. Nenhuma dessas ações apresentou contrapartida diplomática concreta.
Em outro episódio, a FAB transportou a ex-primeira-dama do Peru, condenada por corrupção. A medida gerou críticas sobre possível interferência em assuntos internos de outro país. Todos esses deslocamentos ocorreram enquanto a Aeronáutica alegava escassez de recursos para cumprir suas funções constitucionais.
Contingenciamento ameaça a estrutura da Aeronáutica
O orçamento da FAB em 2025 é de R$ 29,4 bilhões. Desse total, mais de R$ 13 bilhões já foram consumidos, a maioria com folha de pagamento e pensões. Restam apenas R$ 2,2 bilhões para combustíveis e outros materiais de consumo. Para investimentos, o valor é ainda menor: R$ 1,6 bilhão.
Esses recursos não cobrem nem a manutenção adequada da frota. Segundo a própria Aeronáutica, os cortes impactaram todas as frentes, desde missões operacionais até áreas administrativas. A capacidade de resposta da FAB está comprometida.
Enquanto a FAB ameaça parar, Brasília segue voando em primeira classe
A população assiste à deterioração da Força Aérea Brasileira, enquanto autoridades mantêm privilégios. O colapso na aviação militar atinge quem depende de serviços aéreos públicos, não quem decide onde investir os recursos. A desconexão entre os interesses políticos e a realidade da FAB salta aos olhos.
Se nada mudar até agosto, o Brasil pode enfrentar não apenas um apagão logístico, mas também um dano institucional irreparável. O desgaste recai sobre quem ainda acredita no papel da Força Aérea Brasileira como instrumento de soberania e serviço público.
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