Após passageiro ficar preso no banheiro, FAA recomenda revisão em mais de 2.600 Boeings 737 com travas defeituosas e alerta sobre riscos à segurança
Incidente inusitado acende alerta sobre segurança
Um passageiro ficou preso no banheiro de um avião Boeing 737, não informado o modelo, durante um voo nos Estados Unidos. O caso resultou em um pouso não programado, pois nem a tripulação conseguiu destravar a porta. Segundo a FAA (Administração Federal de Aviação), havia risco de ferimentos sérios em caso de emergência a bordo.

Falha na trava pode gerar efeito dominó
A FAA investigou o incidente e concluiu que uma trava quebrada provocou o problema. Embora pareça um evento isolado, o defeito expôs um risco sistêmico. A porta, composta por duas partes articuladas, só foi aberta após a chegada ao solo, com a ajuda de um mecânico usando ferramenta específica.
Mais de 2.600 Boeings podem ser afetados
Como resposta imediata, a FAA recomendou a inspeção de 2.612 aeronaves, Boeing 737 em operação nos Estados Unidos. A recomendação inclui os modelos 737-700, 737-800, 737-900, 737-900ER, além dos 737 Max 8 e 737 Max 9. Esse alerta técnico impacta companhias que realizam milhares de voos diários, o que demonstra a urgência da medida.
Travas defeituosas já foram identificadas
Até o momento, a agência já mapeou quatro tipos distintos de travas com falhas recorrentes. Embora a substituição ainda não seja obrigatória, a FAA estabeleceu o prazo até 27 de maio para que as companhias aéreas apresentem uma resposta formal. Dessa forma, busca-se prevenir novos episódios semelhantes.
Impacto financeiro estimado ultrapassa US$ 3 milhões
De acordo com a estimativa da agência, a substituição preventiva das travas pode custar cerca de US$ 3,4 milhões, o que representa aproximadamente R$ 19,9 milhões. Ainda assim, especialistas consideram o investimento necessário para evitar riscos mais graves em voos futuros.
Revisões anteriores já levantaram alerta semelhantes
Embora o caso do banheiro tenha chamado atenção, este não é o primeiro alerta sobre problemas mecânicos em portas do Boeing 737. Em situações anteriores, companhias aéreas reportaram dificuldades com peças móveis internas, como travas e dobradiças. Por esse motivo, especialistas em segurança destacam que a manutenção preventiva se torna ainda mais relevante com o envelhecimento da frota.
Além disso, as recomendações da FAA reforçam uma tendência crescente de auditorias rigorosas, que buscam reduzir riscos antes que eventos críticos aconteçam. Portanto, a resposta rápida das empresas aéreas pode ser decisiva para evitar sanções futuras ou até mesmo interrupções operacionais.
Boeing acompanha o caso de perto
No site oficial da fabricante, consta que 3.461 aeronaves desses modelos estão em operação nos Estados Unidos. Dentre elas, estima-se que até dois terços apresentem as travas com potencial defeituoso. A Boeing declarou que está cooperando com a FAA e suas operadoras para garantir a segurança dos passageiros.
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