Força Aérea Bolivariana da Venezuela frente aos EUA em 2025: até onde vai o poder militar?

Jota

3 de setembro de 2025

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A Força Aérea Bolivariana da Venezuela frente aos EUA em 2025, cujo nome oficial é Aviación Militar Bolivariana (AMB), voltou ao debate após declarações de Hugo Chávez no passado e, mais recentemente, de Nicolás Maduro sobre a disposição de enfrentar a maior potência militar do planeta. Portanto, surge a questão central: a Venezuela teria condições reais de resistir a uma ofensiva norte-americana?

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O inventário da Venezuela registra hoje, aproximadamente 229 aeronaves, mas apenas 126 encontram-se em condições de voo. O núcleo de sua força está nos 24 caças Sukhoi Su-30MK2, comprados da Rússia, mas hoje só 21 estão voando, e nos 24 F-16A/B comprados dos Estados Unidos ainda nos anos 1980 e hoje só 13 devem estar operacionais, mas sem atualização. Além disso, o país opera 23 treinadores K-8W, que podem realizar ataques leves, além de aeronaves de transporte como o C-130 Hércules e o Y-8. Contudo, as sanções internacionais dificultam a manutenção, e a falta de peças reduz drasticamente a disponibilidade real da frota.

Enquanto isso, os Estados Unidos mantêm cerca de 13.200 aeronaves, somando Força Aérea, Marinha e Fuzileiros Navais. Entre elas, destacam-se os caças de quinta geração F-22 Raptor e F-35 Lightning II, além dos bombardeiros estratégicos B-2 Spirit e do novo B-21 Raider, em fase de testes. Assim, a diferença em número e tecnologia garante aos EUA uma superioridade esmagadora diante da Venezuela.

A Venezuela dispõe de 109 mil militares ativos, pouco mais de 8 mil reservistas e cerca de 220 mil integrantes de milícias bolivarianas, bandidos que andam armados e trafegam em motocicletas aterrorizando o povo venezuelano, obedecendo a Hugo Chaves em troca da impunidade criminosa. No entanto, esse contingente tem limitações de treinamento e preparo. Em contraste, os Estados Unidos reúnem mais de 1,8 milhão de militares, entre ativos e reservistas, todos envolvidos em treinamentos contínuos e operações internacionais. Essa diferença no fator humano amplia ainda mais o desequilíbrio de forças.

O orçamento militar revela uma desigualdade gritante. A Venezuela deve investir em 2025 cerca de US$ 4 bilhões em suas forças armadas. Já os Estados Unidos aplicaram quase US$ 1 trilhão em 2024, valor que representa mais de um terço dos gastos militares mundiais. Portanto, enquanto Caracas luta para manter aeronaves em voo, Washington dispõe de recursos para renovar frotas inteiras e repor munições de precisão sem dificuldade.

Embora a Venezuela enfrente limitações aéreas, seus sistemas de defesa em terra chamam atenção. O país opera o S-300VM Antey-2500, capaz de interceptar aeronaves a até 200 quilômetros, e o Buk-M2E, de médio alcance, todos de origem Russa. Esses sistemas oferecem uma camada de dissuasão contra ataques diretos. No entanto, relatórios recentes indicam que mais de 60% dos radares de vigilância aérea estão inativos, reduzindo a eficiência dos mísseis e comprometendo a cobertura nacional.

Outro aspecto crítico é o treinamento dos pilotos. Os venezuelanos acumulam poucas horas anuais de voo, reflexo da escassez de recursos e da baixa disponibilidade de aeronaves. Em contraste, os norte-americanos voam centenas de horas em caças modernos, utilizam simuladores avançados e participam regularmente de exercícios internacionais. Além disso, os Estados Unidos contam com centenas de aviões-tanque e aeronaves de alerta aéreo antecipado, capazes de sustentar operações em qualquer parte do mundo. Assim, a vantagem logística e operacional norte-americana é inquestionável.

Em um conflito real, os Estados Unidos dificilmente buscariam combates aéreos diretos. A estratégia envolveria guerra eletrônica, drones isca e mísseis de cruzeiro para saturar e neutralizar as defesas venezuelanas. Com radares comprometidos e sistemas antiaéreos sob ataque, os caças americanos abririam corredores aéreos seguros com apoio de reabastecedores e aeronaves de comando. A Venezuela poderia impor resistência pontual. Entretanto, teria enorme dificuldade em sustentar operações por dias consecutivos devido à baixa disponibilidade de meios e às limitações logísticas.

Sobre o poder aéreo venezuelano

A análise confirma que a Força Aérea Bolivariana da Venezuela frente aos EUA possui certa capacidade defensiva, apoiada por sistemas antiaéreos modernos. Porém, carece de massa crítica para resistir a longo prazo. A diferença em orçamento, treinamento e tecnologia coloca a Venezuela em desvantagem absoluta diante da maior potência militar do planeta.

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