Escola-de-Aeronautica_Campos-dos-Afonsos-RJ.
Em 20 de janeiro de 1941, o então presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei nº 2.961. A nova medida criou o Ministério da Aeronáutica e centralizou a estrutura de comando do poder aéreo nacional. Até então, os meios de aviação estavam fragmentados entre os Ministérios da Guerra, da Marinha e da Viação e Obras Públicas.
Com essa reorganização, o Brasil passou a unificar as operações da Aviação Militar e da Aviação Naval sob uma única autoridade. Como resultado, nasceu uma nova força com identidade própria: as Forças Aéreas Nacionais. Esse foi o primeiro passo concreto para a formação da atual Força Aérea Brasileira.
Ainda que o nome tenha mudado em maio daquele mesmo ano, as Forças Aéreas Nacionais representam um momento decisivo na defesa dos céus brasileiros. A centralização do poder aéreo não apenas otimizou recursos, como também fortaleceu a identidade militar do país. Além disso, a criação do Ministério da Aeronáutica sinalizava que o Brasil reconhecia a importância estratégica da aviação em tempos de guerra.
Na prática, o nascimento das Forças Aéreas Nacionais marcou o início de uma nova era para o Brasil. A partir dessa estrutura, foi possível estabelecer doutrinas, criar centros de formação e desenvolver uma visão integrada de proteção do espaço aéreo nacional.
A identidade da nova força aérea evoluiu rapidamente. No dia 22 de maio de 1941, o Decreto-Lei nº 3.302 alterou a nomenclatura oficial para Força Aérea Brasileira (FAB). A proposta partiu do então Ministro da Aeronáutica e foi aprovada por Getúlio Vargas.
A principal motivação para a mudança era reforçar a ideia de uma força única e genuinamente nacional. Mesmo assim, o termo “Nacional” permaneceu presente em estruturas como o Correio Aéreo Nacional, que mantém esse nome até hoje.
Logo após a mudança de nome, várias unidades militares receberam novas designações. Os oito Corpos de Base Aérea passaram a se chamar Bases Aéreas dos Afonsos, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Belém e Campo Grande.
A reorganização também atingiu antigas instalações da Marinha. A Base de Aviação Naval de Santos se tornou a Base Aérea de Santos, e o mesmo ocorreu em Florianópolis. Nesses locais, ainda existem píeres históricos que lembram o passado naval. A antiga Base de Aviação Naval do Rio Grande do Sul foi transformada na Base Aérea do Rio Grande.
No campo da manutenção, o Exército cedeu estruturas importantes. O antigo Parque Central de Aeronáutica passou a se chamar Parque de Aeronáutica dos Afonsos. Já o Parque Regional de São Paulo foi renomeado como Parque de Aeronáutica de São Paulo, consolidando a integração técnica.
A criação da nova força aérea não começou do zero. Pelo contrário, a FAB nasceu com uma frota impressionante para a época. A Marinha transferiu 99 aeronaves, entre elas 36 Focke Wulf Fw-44J, 16 Focke Wulf Fw-58B, doze North American NA-46 e dez De Havilland DH-82 Tiger Moth.
Por sua vez, o Exército entregou 331 aeronaves, ampliando ainda mais a capacidade operacional da nova força. Os modelos mais notáveis incluíam 29 Vought V-65B e 30 North American NA-72, totalizando 430 aviões.
A estrutura organizacional da Aeronáutica continuou evoluindo nas décadas seguintes. Em 10 de junho de 1999, com a criação do Ministério da Defesa, o Ministério da Aeronáutica foi oficialmente transformado em Comando da Aeronáutica, conforme previsto na Lei Complementar nº 97.
Com a nova legislação, o cargo de Ministro da Aeronáutica deixou de existir. A partir de então, o comando da FAB passou a ser exercido pelo Comandante da Aeronáutica, subordinado diretamente ao Ministro da Defesa, dentro de uma estrutura integrada das Forças Armadas.
O surgimento das Forças Aéreas Nacionais foi mais do que uma simples fusão administrativa. Essa estrutura lançou as bases para a formação de uma força aérea moderna, articulada e pronta para os desafios do século XX.
Ainda que o nome tenha mudado em maio daquele mesmo ano, as Forças Aéreas Nacionais representam um momento decisivo na defesa dos céus brasileiros. A centralização do poder aéreo não apenas otimizou recursos, como também fortaleceu a identidade militar do país. Além disso, a criação do Ministério da Aeronáutica sinalizava que o Brasil reconhecia a importância estratégica da aviação em tempos de guerra.
Na prática, o nascimento das Forças Aéreas Nacionais marcou o início de uma nova era para o Brasil. A partir dessa estrutura, foi possível estabelecer doutrinas, criar centros de formação e desenvolver uma visão integrada de proteção do espaço aéreo nacional.
Ainda hoje, esse legado permanece vivo nas tradições, nos nomes e até mesmo nas estruturas físicas da FAB. Ao celebrar 80 anos de existência, a Força Aérea Brasileira reafirma sua origem e honra o papel fundamental desempenhado pelas Forças Aéreas Nacionais na construção de sua história.
Esquadrilha da Fumaça é atração nos dois dias do evento
Esquadrilha da Fumaça confirma duas apresentações no 10º Arraiá Aéreo em Bauru–SP
3º Encontro de Aviadores em Água Boa-MT reunirá entusiastas e famílias apaixonadas por aviação
Custos com leasing e peças importadas aumentam após novo aumento do IOF na aviação
Aviashow 2025 celebra reencontro da aviação desportiva com público e projeta edição ainda maior em…
Companhia aérea Azul assegura financiamento bilionário e apoio estratégico para manter operações durante o processo