Forças Armadas dos EUA compram 296 caças F-35 em acordo de US$ 24,3 bilhões com a Lockheed Martin
O contrato consolida a maior encomenda recente do caça de quinta geração e reforça a liderança aérea americana
As Forças Armadas dos EUA compram 296 caças F-35 em um contrato avaliado em US$ 24,3 bilhões, considerado um dos maiores da história do programa Lightning II. O acordo, anunciado pelo Departamento de Defesa em 29 de setembro de 2025, foi firmado com a Lockheed Martin e cobre os Lotes 18 e 19. A compra reforça a modernização da frota e amplia a capacidade operacional do país. As entregas começam em 2026 e seguem até 2028 – previsão -, garantindo estabilidade à linha de produção e previsibilidade à indústria de defesa.
Pentágono confirma investimento bilionário e estabilidade na linha de produção do F-35
O Pentágono informou que o contrato marca o início da fase de produção plena do programa, após quase duas décadas de desenvolvimento. O valor cobre aeronaves para a Força Aérea, a Marinha e os Fuzileiros Navais dos EUA, além de países parceiros e clientes internacionais.
De acordo com o Escritório do Programa Conjunto do F-35 (JPO), o custo médio por célula, sem o motor, ficou em US$ 82,4 milhões. Embora o valor tenha subido levemente, o reajuste ficou abaixo da inflação. Isso demonstra controle financeiro e eficiência no fornecimento, o que mantém o ritmo de produção e reduz custos no longo prazo.
Lockheed Martin mantém ritmo industrial e protege a cadeia global de fornecedores
A Lockheed Martin afirmou que o novo pacote complementa o acordo preliminar assinado em dezembro de 2024, elevando o total para US$ 24,29 bilhões. Além disso, o contrato assegura a produção contínua e preserva milhares de empregos em mais de 1.500 empresas que participam do programa F-35.
A fabricante também destacou que o acordo mantém operacionais os centros de montagem e testes nos Estados Unidos, Itália e Japão. Dessa forma, o programa Lightning II segue relevante e fortalece a integração entre os aliados que operam o caça de quinta geração.
Distribuição das aeronaves e detalhes da compra de 296 caças F-35
O contrato total prevê até 296 aeronaves, somando os Lotes 18 e 19 do programa Lightning II. No caso específico do Lote 19, estão previstas 148 unidades, distribuídas da seguinte forma: 40 F-35A para a Força Aérea, 12 F-35B e 8 F-35C para os Fuzileiros Navais, e 9 F-35C para a Marinha dos EUA.
Além disso, há 13 F-35A e 2 F-35B destinados a países parceiros do programa, além de 52 F-35A e 12 F-35B voltados a clientes internacionais por meio de vendas militares externas (FMS). A fabricação deve ocorrer até agosto de 2028, garantindo continuidade à produção e previsibilidade à cadeia global de suprimentos.
F-35 será entregue no padrão Block 4, com melhorias e desafios técnicos
Os novos caças serão entregues no padrão Block 4, que traz mais de 80 avanços em sensores, comunicações e guerra eletrônica. A atualização amplia a compatibilidade com novas armas e sistemas de defesa, tornando o F-35 ainda mais versátil.
Entretanto, o Government Accountability Office (GAO) apontou que parte das melhorias depende de ajustes no software e de testes no simulador TR-3. Por isso, a integração completa deve ocorrer até o início da próxima década. Ainda assim, o padrão Block 4 é considerado um passo decisivo para manter a competitividade do caça em um cenário global cada vez mais tecnológico.
Motores F135 elevam custo, mas reforçam desempenho e confiabilidade
Em paralelo, o Pentágono firmou contrato de US$ 2,88 bilhões com a Pratt & Whitney para o fornecimento de 141 motores F135. Cada unidade custa cerca de US$ 20 milhões, o que eleva o preço total por caça para mais de US$ 100 milhões.
Apesar do alto custo, o motor é considerado um dos mais confiáveis da aviação moderna. A Pratt & Whitney já desenvolve melhorias para aumentar a eficiência e a durabilidade dos motores F135, acompanhando as exigências do padrão Block 4 e reduzindo custos operacionais a longo prazo.
Compra de 296 caças F-35 reforça liderança global e garante produção até 2028
Atualmente, mais de 1.230 caças F-35 estão em operação em 12 países, somando mais de 1 milhão de horas de voo. O programa continua sendo a base da aviação de combate dos Estados Unidos e segue atraindo novos pedidos de países aliados da OTAN e da Ásia-Pacífico.
Mesmo com cortes orçamentários, o contrato atual assegura estabilidade à produção e reforça o papel do F-35 como o caça mais avançado e mais vendido do mundo. Dessa forma, a decisão das Forças Armadas dos EUA de comprar 296 caças F-35 reafirma a liderança tecnológica americana e a importância do programa Lightning II para a segurança global.
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