O Governo Federal registrou em 2024 o maior gasto com diárias e passagens dos últimos 10 anos, totalizando R$ 3,58 bilhões. Esse valor representa um aumento de 2,9% em comparação ao ano de 2023, conforme levantamento do portal Poder360. A alta reflete diretamente a expansão administrativa iniciada no início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o número de ministérios saltou de 23 para 39, ampliando a máquina pública e a necessidade de deslocamentos oficiais.
A reestruturação do governo veio acompanhada pela criação de mais de 14 mil novos cargos e funções comissionadas, além da contratação de milhares de novos servidores, o que gerou um efeito cascata nas despesas governamentais. Com mais equipes, gabinetes e demandas ministeriais, as viagens oficiais cresceram significativamente, especialmente em eventos nacionais e internacionais.
O valor registrado em 2024 só é superado pelos R$ 4,34 bilhões de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, quando o país sediou uma série de eventos globais. Após aquele período, os gastos vinham apresentando redução até 2020, quando, devido à pandemia de COVID-19, atingiram uma baixa histórica de R$ 1,21 bilhão. Com a retomada das atividades presenciais e o aumento das demandas ministeriais, as despesas voltaram a subir.
Uma análise detalhada revela que os gastos com diárias cresceram 9% em 2024, somando R$ 2,15 bilhões. Esse aumento se relaciona diretamente às viagens nacionais de ministros e servidores de alto escalão, incluindo deslocamentos frequentes para eventos de inauguração, reuniões em órgãos regionais e conferências internacionais.
Por outro lado, as despesas específicas com passagens aéreas apresentaram uma leve redução de 5% no mesmo período. Isso pode ser explicado pela adoção de políticas de ajuste e renegociações de tarifas com companhias aéreas, além da utilização de plataformas digitais para algumas reuniões e compromissos que não exigem deslocamento.
Embora os gastos crescentes possam ser justificados pelo aumento da atividade governamental, especialistas em finanças públicas destacam a necessidade de uma gestão eficiente dos recursos, especialmente em momentos de contenção fiscal. A ampliação da estrutura administrativa gera um desafio para o equilíbrio orçamentário, o que torna fundamental revisar as políticas de viagens e implantar mecanismos de controle mais rigorosos.
Além disso, é importante destacar que esses números não incluem despesas de transporte oficial via Força Aérea Brasileira (FAB), com as dezenas de aviões a jatos, turbo hélice e helicópteros, cujas aeronaves atendem a presidente, esposa, ministros, e outras autoridades de outros poderes da república. Esses custos, embora não contabilizados diretamente, também são parte da dinâmica que envolve os deslocamentos governamentais. Se os valores gastos com o Grupo de Transporte Especial GTE, da Força Aérea Brasileira FAB, fossem contabilizados, o rombo recorde, seria ainda maior.
Desde 2014, quando o gasto com passagens e diárias foi recorde, o Brasil vem enfrentando mudanças no cenário político e orçamentário. Em 2024, a volta da estrutura inflada do governo e o aumento de cargos reforçam uma questão antiga: como financiar uma máquina pública que continua crescendo?
Analistas apontam que, para evitar novos recordes negativos nos próximos anos, o governo precisará revisar suas prioridades e buscar maior eficiência em suas operações administrativas, o que inclui otimizar o uso de tecnologia e digitalização para reduzir a necessidade de deslocamentos físicos.
Para acompanhar o impacto desses gastos e as mudanças previstas no orçamento público, continue lendo nossas análises no Aerojota.com.br.
Fonte: Poder 360 e Rádio Bandeirantes
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