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Governo Federal já disponibiliza aviões da FAB para qualquer ministro do STF

A apuração da Folha e os dados revelados pela LAI – Lei de Acesso à Informação -.

Conforme revelou a Folha de S.Paulo, nessa semana, os dados sobre o uso de aviões da FAB pelo STF foram obtidos por meio de pedidos via LAI (Lei de Acesso à Informação). A investigação começou após a detecção de voos rotineiros classificados apenas como “à disposição” do Ministério da Defesa, sem identificar os passageiros nem o solicitante.

Com os documentos obtidos, foi possível concluir que a maioria das solicitações desses voos partiu do próprio Supremo Tribunal Federal. Entre janeiro de 2023 e fevereiro de 2025, os ministros da Corte realizaram pelo menos 154 viagens. A maioria dos trajetos foi entre São Paulo e Brasília, totalizando 145 voos nesse eixo.

Aviao-do-GTE_Imagem-Divulgacao-FAB
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Fontes que acompanham o tema confirmam que um dos passageiros mais frequentes é o ministro Alexandre de Moraes. Além de cumprir agendas no STF, Moraes reside em São Paulo e ministra aulas na Faculdade de Direito da USP.

A polêmica do sigilo e o uso questionado das aeronaves

A reportagem também trouxe à tona o uso de uma aeronave da FAB por Alexandre de Moraes, no mês passado, na véspera da final do Campeonato Paulista — evento que ele acompanhou presencialmente no estádio. O episódio contribuiu para aumentar o debate público em torno do uso institucional dos aviões da FAB pelo STF.

Segundo a Folha, o Supremo tem se aproveitado de brechas nas regras para que todos os ministros, e não apenas o presidente da Corte, utilizem os voos oficiais. Além disso, os nomes dos ocupantes continuam ocultos sob o argumento de segurança.

No entanto, especialistas em transparência não veem a medida com bons olhos. Marina Atoji, diretora de programas da ONG Transparência Brasil, afirmou que a divulgação dessas informações é essencial para garantir prestação de contas e controle social.

Segundo Atoji, “o sigilo sob o argumento da segurança da autoridade sobre uma informação como essa só é aplicável, quando muito, na etapa anterior à viagem”.

Desde 2023, o governo Lula passou a emprestar aviões da FAB ao STF, permitindo que ministros utilizem aeronaves oficiais em viagens institucionais. Antes disso, somente o presidente da Corte contava com essa estrutura.

Contudo, a mudança veio acompanhada de um fator preocupante: os nomes dos passageiros foram colocados sob sigilo por cinco anos. Isso levanta uma importante questão sobre transparência e segurança pública.

Está sendo divulgado pela imprensa que o atual governo federal autorizou o uso de aviões da Força Aérea Brasileira por todos os ministros do STF. As aeronaves são disponibilizadas por meio do GTEGrupo de Transporte Especial –, mas com um detalhe: a lista de passageiros, os destinos e a finalidade das viagens estão sob sigilo.

Ainda que a segurança das autoridades seja um tema relevante, a extensão do sigilo causa incômodo. Afinal, como justificar o segredo mesmo após as viagens serem concluídas?

É importante lembrar que ministros já enfrentaram. Logo, o uso das aeronaves pode até ser compreensível. Porém, esconder informações por cinco anos parece exagero.

Além disso, outros Poderes também utilizam a estrutura da FAB, mas sem esconder quem embarca ou qual foi o destino. Por que no Supremo seria diferente?

Durante gestões anteriores, os ministros pegavam carona em voos de autoridades do Executivo. Nesse sentido, havia um uso mais contido e, sobretudo, transparente da estrutura pública.

Agora, com a liberação ampla e o sigilo reforçado, o STF parece flertar com uma zona de conforto institucional. Não há prestação de contas clara sobre o uso desses voos, e isso gera desconfiança na sociedade.

Mesmo que o Tribunal de Contas da União – TCU -, tenha validado o sigilo por motivos de segurança, é necessário ponderar a razoabilidade da medida.

A decisão de manter as listas de passageiros em segredo por cinco anos compromete a fiscalização pública. Afinal, nesse período, muita coisa pode acontecer sem qualquer controle social.

Transparência não é apenas um valor abstrato — ela é condição para a confiança nas instituições. Quando o tempo de sigilo se torna excessivo, essa confiança começa a ruir.

É curioso que uma medida criada para proteger autoridades possa se transformar em uma ferramenta de blindagem institucional.

É legítimo discutir medidas de segurança para autoridades ameaçadas. No entanto, segurança não pode ser desculpa para falta de transparência.

Portanto, é essencial rever os critérios que definem o uso de aviões da Força Aérea Brasileira pelo STF. O sigilo pode até ser temporário, mas jamais permanente.

Enquanto não houver equilíbrio entre proteção e transparência, a sensação será de que o poder se afastou ainda mais da população.

Diante de todas essas informações, o uso de aviões da FAB ao STF continua a levantar questionamentos legítimos sobre transparência e o real alcance das regras institucionais. Embora o governo argumente em favor da segurança dos ministros, cresce o número de especialistas e cidadãos que defendem maior controle público sobre essas viagens custeadas com recursos federais. Afinal, como qualquer poder da República, o Supremo também deve prestar contas à sociedade.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo e Jornal de Brasília

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