Air Canada paralisa voos e sindicato desafia governo: entenda o impasse que pode durar semanas
Comissários da Air Canada ignoram ordem judicial e deixam passageiros sem alternativa nos aeroportos
A greve dos comissários da Air Canada começou em 16 de agosto de 2025, envolvendo cerca de 10 mil tripulantes representados pelo sindicato CUPE – Canadian Union of Public Employees, em português Sindicato Canadense dos Empregados Públicos -. Desde então, todos os voos da Air Canada e Air Canada Rouge estão suspensos, gerando impacto em meio milhão de passageiros em apenas quatro dias. Estima-se que 130 mil pessoas sejam afetadas por dia, cenário que já marca um dos maiores colapsos da aviação canadense em décadas.
Sindicato desafia ordem judicial e aumenta pressão contra a companhia aérea
O Conselho Canadense de Relações Industriais (CIRB) considerou a greve ilegal e determinou o retorno imediato ao trabalho, mas o sindicato recusou a ordem judicial. A entidade alega que a decisão é inconstitucional e mantém a paralisação. O presidente nacional do CUPE, Mark Hancock, declarou que está disposto até a ser preso para defender os direitos dos trabalhadores, aumentando a tensão com o governo.
Air Canada perde milhões e admite não saber quando voltará a operar
A crise já afeta diretamente o setor financeiro. A Air Canada suspendeu suas projeções de lucro para o terceiro trimestre e para todo o ano de 2025. O CEO Mike Rousseau afirmou estar “surpreso e desapontado” com a decisão do sindicato de manter a greve, classificando o movimento como ilegal. Sem previsão de acordo, os prejuízos crescem a cada dia, comprometendo não apenas as receitas, mas também a imagem da companhia no cenário global.
Passageiros sem alternativa enfrentam cancelamentos e longas esperas
Enquanto o impasse continua, passageiros em diferentes partes do mundo vivem a incerteza de não saber quando conseguirão embarcar. Os voos para o Brasil permanecem cancelados até, pelo menos, 19 de agosto. A empresa orienta que apenas clientes com novas reservas confirmadas se dirijam aos aeroportos. Como compensação, oferece reembolso integral, crédito para futuras viagens ou remarcação em outra companhia aérea.
Proposta de aumento rejeitada e disputa pelo pagamento em solo intensificam crise
A origem da greve está ligada à rejeição do novo acordo coletivo. A companhia ofereceu 38% de aumento salarial em quatro anos, mas o sindicato alegou que o valor está abaixo da inflação e não contempla o chamado “ground pay” — pagamento por horas de trabalho em solo, que somam cerca de 35 horas mensais não remuneradas. Esse ponto é central para os tripulantes, que afirmam não aceitar continuar sem essa compensação.
Futuro incerto: greve da Air Canada pode virar caso político no Canadá
O conflito ocorre em plena alta temporada de verão no hemisfério norte, quando a demanda por voos atinge seu auge. O prolongamento da crise não apenas afeta passageiros e a economia, mas também gera forte pressão sobre o governo canadense, que já estuda ações legais ou legislações emergenciais para garantir a retomada dos serviços. A greve dos comissários da Air Canada segue, portanto, como um impasse que pode evoluir de disputa trabalhista para tema político de alcance nacional
A greve dos comissários da Air Canada continua sem prazo definido para terminar, desafiando ordens judiciais e ampliando os impactos sobre passageiros, economia e o setor aéreo internacional.
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