Greve escalonada dos controladores de voo na Argentina: impacto e cronograma até 30 de agosto

Jota

25 de agosto de 2025

Greve dos Controladores de Voo da Argentina

Em agosto de 2025, a greve dos controladores de voo na Argentina provoca uma crise no setor aéreo e afeta milhares de passageiros. A paralisação, organizada pelo sindicato ATEPSA (Associação de Técnicos e Empregados de Proteção e Segurança da Navegação Aérea), interrompe decolagens em diferentes aeroportos do país. O impasse surgiu após negociações frustradas com a Empresa Argentina de Navegação Aérea (EANA) e com o governo, o que ampliou a tensão no sistema e gerou forte impacto no turismo.

Segundo as autoridades, ocorreram 17 rodadas de negociação sem acordo. A última proposta previa aumento de 15%, mas os controladores rejeitaram. O sindicato, por sua vez, argumenta que esgotou todas as instâncias de diálogo e insiste que “a segurança aérea, as condições de trabalho e o salário não se negociam”. Assim, a greve se tornou inevitável e ganhou força em todo o país.

Greve-dos-Controladores-de-Voo-da-Argentina
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A paralisação ocorre em datas e horários pré-definidos, o que amplia a incerteza para as companhias aéreas. Entre 22 e 30 de agosto de 2025, o sindicato programou manifestações em cinco dias: 22, 24, 26, 28 e 30 de agosto.

  • 22 de agosto (sexta-feira): 13h–16h e 19h–22h
  • 24 de agosto (domingo): 13h–16h e 19h–22h
  • 26 de agosto (terça-feira): 7h–10h e 14h–17h
  • 28 de agosto (quinta-feira): 13h–16h
  • 30 de agosto (sábado): 13h–16h e 19h–22h

Durante esses períodos, as decolagens ficam suspensas, assim como a gestão de planos de voo. Entretanto, os pousos seguem funcionando. Além disso, operações de emergência — como voos médicos, humanitários e de busca e salvamento — permanecem autorizadas.

No primeiro dia de greve, em 22 de agosto, 70 voos foram cancelados, sendo 50 da Aerolíneas Argentinas. Mais de 12 mil passageiros ficaram prejudicados, e a empresa denunciou que até voos autorizados sofreram restrições.

Nos dias seguintes, os efeitos continuaram. Em 24 de agosto, por exemplo, a Aerolíneas cancelou mais de 40 voos em rotas como Buenos Aires, Bariloche e Rosario. Passageiros relataram longas filas e incerteza sobre conexões. Outras companhias, como LATAM, JetSmart e Flybondi, também registraram atrasos, mas ofereceram remarcações sem custo adicional.

Assim, a greve trouxe reflexos imediatos para o turismo e para a economia. Hotéis e agências relataram cancelamentos em cascata, já que a ausência de passageiros impacta diretamente a rede de serviços.

A disputa também se estendeu ao campo jurídico. O governo e a EANA recorreram à Justiça, alegando que a navegação aérea constitui serviço público essencial e, portanto, não poderia ser interrompida. Entretanto, o Judiciário confirmou o direito de greve, ainda que com limites. Por outro lado, o sindicato buscou liminar favorável, mas não obteve sucesso.

Esse cenário reforça a incerteza. Enquanto o governo pressiona pelo retorno imediato, os controladores reafirmam que não recuarão até conquistar avanços concretos. O impasse, portanto, permanece aberto.

A greve dos controladores de voo da Argentina segue até o último dia previsto, 30 de agosto de 2025, sem sinais de encerramento antecipado. Por isso, os passageiros devem redobrar o planejamento.

  • Monitorar o cronograma oficial antes de viajar.
  • Confirmar o status do voo diretamente com a companhia.
  • Avaliar alternativas de datas ou rotas para reduzir contratempos.

Assim, a paralisação revela a fragilidade das relações trabalhistas no setor aéreo argentino. Caso não haja acordo até o fim do mês, analistas já apontam a possibilidade de novas rodadas de paralisação. O risco de prolongamento preocupa companhias, passageiros e toda a cadeia do turismo.

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