Air Canada suspende operações após greve e governo canadense impõe retorno imediato
Greve dos comissários da Air Canada gera suspensão imediata dos voos
Greve dos comissários da Air Canada começou na madrugada de 16 de agosto de 2025 e interrompeu totalmente as operações. Depois de oito meses de negociações sem avanços, o sindicato CUPE – Canadian Union of Public Employees — em português, Sindicato Canadense dos Empregados Públicos -, reforçou pautas como remuneração por tarefas em solo e reajustes compatíveis com a inflação. Como consequência direta, a companhia suspendeu voos da rede principal e da Rouge, o que afetou cerca de 130 mil passageiros por dia em mais de 700 operações no mundo, inclusive no Brasil.
Greve dos comissários da Air Canada impacta diretamente o Brasil
O Brasil sentiu rapidamente os efeitos da paralisação. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, partidas com destino a Toronto, Montreal e Buenos Aires não ocorreram conforme o previsto. Três decolagens programadas para a manhã de sábado foram canceladas, assim como duas chegadas internacionais. Como consequência, passageiros que planejavam conexões de longa distância enfrentaram atrasos e incerteza sobre o prosseguimento das viagens. Além disso, diversos clientes perderam compromissos previamente marcados e tiveram que reorganizar a agenda de forma emergencial.
Governo canadense reage à greve dos comissários da Air Canada
Diante da dimensão do caos aéreo, o governo canadense decidiu agir de forma imediata. A ministra do Trabalho, Patty Hajdu, utilizou a Seção 107 do Código Trabalhista Canadense para ordenar arbitragem obrigatória entre a companhia e o sindicato. Essa medida determinou o retorno dos profissionais às funções e prorrogou o contrato coletivo existente até que um novo acordo seja firmado. Além disso, a expectativa oficial previa que a malha aérea começasse a ser restabelecida até o domingo. No entanto, a própria Air Canada reconheceu que a normalização completa poderia levar até uma semana, mesmo com a retomada gradual das operações.
Sindicato critica intervenção na greve dos comissários da Air Canada
O sindicato reagiu com críticas à intervenção governamental e declarou que a decisão viola o direito constitucional à greve. A entidade ressaltou que os trabalhadores acumulam horas de serviço não remuneradas e não receberam propostas adequadas para solucionar o impasse. A oferta mais recente da empresa incluía reajuste de 38% distribuído ao longo de quatro anos, contemplando salários, benefícios e aposentadoria. Entretanto, os representantes dos comissários destacaram que o aumento inicial de apenas 8% não cobre a inflação acumulada e não atende às necessidades imediatas da categoria.
Greve dos comissários da Air Canada deixa passageiros em incerteza
Enquanto a disputa trabalhista permanece aberta, milhares de passageiros enfrentam incerteza sobre seus planos. Muitos clientes relataram perdas financeiras com reservas de hotéis, pacotes turísticos e compromissos profissionais cancelados. Além disso, entidades ligadas ao setor de turismo afirmam que a paralisação coincide com um dos períodos de maior movimento do ano, o que amplia os danos econômicos. Agências de viagem brasileiras, por sua vez, registraram aumento repentino de pedidos de remarcação, o que sobrecarregou atendimentos e dificultou o atendimento ágil da demanda.
Direitos garantidos durante a greve dos comissários da Air Canada
A Air Canada anunciou medidas para reduzir os impactos aos passageiros prejudicados. A empresa informou que todos os clientes podem optar por reembolso integral, crédito para viagens futuras ou remarcação sem custos adicionais. Bilhetes comprados até 14 de agosto permanecem válidos para viagens entre 21 de agosto e 12 de setembro de 2025. Além disso, a companhia afirmou que tentará realocar clientes em voos de companhias parceiras, embora a capacidade limitada reduza a disponibilidade. No caso brasileiro, aplicam-se também as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que obrigam assistência material, informação atualizada a cada 30 minutos e reacomodação após quatro horas de atraso.
Greve na Air Canada expõe desafios da aviação global
Esse episódio evidencia os desafios que a aviação internacional enfrenta em um cenário de pressões trabalhistas e custos operacionais crescentes. O governo canadense argumenta que a arbitragem garante estabilidade econômica, mas os sindicatos afirmam que medidas desse tipo enfraquecem a negociação coletiva. Enquanto isso, passageiros no Brasil e em outros países aguardam a retomada integral dos voos e esperam que um acordo definitivo traga equilíbrio entre direitos trabalhistas e continuidade das operações aéreas.
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