Cobrança milionária pela hangaragem de aviões na COP30 em Belém gera polêmica

Jota

30 de setembro de 2025

hangaragem de aviões na COP30 em Belém expõe custos milionários e problemas logísticos_Imagem ilustrativa

A cobrança milionária pela hangaragem de aviões na COP30 em Belém colocou o evento no centro de mais uma polêmica. Segundo revelado pela Folha de S. Paulo e repercutido pelo Blog do BG, uma empresa de aviação estaria cobrando cerca de R$ 2 milhões pela hangaragem de cada aeronave de delegações estrangeiras durante o encontro climático. Esse valor unitário, considerado entre os mais caros do mundo, acendeu o alerta em autoridades brasileiras e estrangeiras sobre os custos e a viabilidade logística da COP30 em Belém–PA, para receber delegações de 61 países já confirmados, de um total de 196 convidadas

hangaragem de aviões na COP30 em Belém expõe custos milionários e problemas logísticos_Imagem ilustrativa
hangaragem de aviões na COP30 em Belém expõe custos milionários e problemas logísticos_Imagem ilustrativa

Com preços tão elevados, algumas delegações estudam deslocar suas aeronaves para outros estados brasileiros, onde a hangaragem custaria menos. Essa alternativa, porém, traria efeitos colaterais: aumento dos custos com combustível, maior risco logístico e complicações na segurança. Além disso, tripulações precisariam buscar hospedagem fora de Belém, aumentando o desgaste e reduzindo a centralização do evento. Esse possível deslocamento ameaça a imagem da COP30 como a “conferência da Amazônia”, esvaziando parte de seu simbolismo.

A decisão de manter aviões longe de Belém impactaria não apenas a logística aérea, mas também a acomodação de pilotos e técnicos. Com hospedagem local limitada e preços inflacionados, muitos poderiam buscar alternativas em capitais vizinhas. Esse efeito dominó pressiona ainda mais os orçamentos das delegações e pode levar países com menos recursos a reduzirem sua presença. O resultado seria uma conferência menos representativa, enfraquecendo o propósito de reunir o maior número possível de nações na Amazônia.

A controvérsia sobre a hangaragem de aviões se soma a outras críticas que marcam a COP30. Belém foi escolhida como sede com apoio político direto do governo federal, mas especialistas alertam que a cidade não dispõe de infraestrutura suficiente para receber um evento desse porte. Hospedagem limitada, mobilidade urbana precária e obras emergenciais levantam suspeitas de corrupção e até de desmatamento para abertura de acessos rápidos. Enquanto isso, o contribuinte arca com a mobilização de tropas militares, deslocamento de aeronaves da FAB, envio de viaturas por via marítima e até a contratação de transatlânticos para servir de hotel flutuante.

Para receber autoridades estrangeiras, a Força Aérea Brasileira montará salas VIP temporárias em dois hangares da Base Aérea de Belém. O contrato prevê locação, transporte, montagem e desmontagem da estrutura, com custo estimado em R$ 1,8 milhão. Além disso, toneladas de equipamentos militares, viaturas e aeronaves da FAB estão sendo deslocados para a capital paraense, somando-se à contratação de navios transatlânticos para hospedar comitivas.

O contraste salta aos olhos: enquanto o governo gasta milhões com instalações provisórias, deslocamento de tropas e aeronaves para controlar o espaço aéreo, a própria FAB segue operando sob orçamento reduzido e dificuldades crônicas. Esse cenário já foi exposto em recentes cortes de verbas, que impactam treinamentos, manutenção e a disponibilidade de aeronaves. A conta recai, mais uma vez, sobre o contribuinte brasileiro, que vê recursos escassos aplicados em soluções emergenciais em vez de investimentos duradouros na defesa nacional.

A realização da COP30 em Belém poderia reforçar o protagonismo da Amazônia nas negociações internacionais. No entanto, a combinação de hangaragem de aviões na COP30 a preços milionários, obras emergenciais, infraestrutura precária e gastos militares vultosos coloca em dúvida o verdadeiro legado do encontro. Em vez de soluções climáticas, o que se desenha é uma conferência marcada por controvérsias, custos excessivos e insatisfação de delegações estrangeiras.

E você, leitor? Acha que a COP30 deixará algum benefício real para o Brasil ou será lembrada como mais um episódio de desperdício de dinheiro público, desmatamento, corrupção e um fracasso total em seu objetivo de tratar do clima, poluindo mais ainda o planeta!

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