Helicóptero Black Hawk da Polícia Nacional da Colômbia abatido

Jota

22 de agosto de 2025

FARC abate helicóptero Black Hawk da Polícia Nacional da Colombia

Helicóptero Black Hawk derrubado na Colômbia simboliza um dia de violência que chocou o país. Em 21 de agosto de 2025, dissidentes armados atacaram um Sikorsky UH-60 Black Hawk da Polícia Nacional sobre a zona rural de Amalfi, uma cidade localizada no departamento de Antioquia, região norte da Colômbia. A aeronave realizava missão de erradicação de coca quando foi atingida por um drone FPV – First Person View -, drone controlado remotamente por óculos especiais, que transmitem em tempo real a visão da câmera acoplada no equipamento e que estava carregado com explosivos. O impacto provocou a queda imediata, matou 12 policiais e feriu outros 4 agentes, segundo dados oficiais e da imprensa internacional.

FARC abate helicóptero Black Hawk da Polícia Nacional da Colombia
FARC abate helicóptero Black Hawk da Polícia Nacional da Colombia

Autoridades colombianas confirmaram que o ataque partiu de dissidências do Estado-Maior Central (EMC). Esse grupo reúne ex-integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que rejeitaram o acordo de paz de 2016. Além disso, investigações apontaram a liderança de Alexander Díaz Mendoza, conhecido como “Calarcá”. O governo inicialmente cogitou participação do Clã do Golfo. Entretanto, as atualizações oficiais passaram a atribuir o atentado às dissidências das FARC. Assim, a motivação principal segue ligada ao narcotráfico e ao controle de áreas de cultivo.

Desde abril de 2024, a Colômbia registra aumento expressivo no uso de drones por grupos criminosos. Autoridades contabilizaram 301 ataques desse tipo, especialmente em Cauca e Norte de Santander. Essas ofensivas resultaram em pelo menos 22 mortes de policiais e militares. Portanto, o caso de Amalfi não aparece isolado. Ele consolida uma tendência que já se espalha, trazendo táticas vistas em guerras convencionais para o crime organizado na América do Sul.

Enquanto Antioquia lidava com a queda do Black Hawk, a cidade de Cali sofreu outro ataque. Um caminhão-bomba explodiu próximo à Base Aérea Marco Fidel Suárez, responsável pela formação dos cadetes da aviação colombiana. O atentado deixou entre cinco e seis mortos e dezenas de feridos, segundo balanços iniciais de autoridades e imprensa. Além disso, um segundo veículo carregado com explosivos não detonou. O episódio elevou ainda mais o alerta de segurança e ampliou o impacto psicológico sobre a população.

A derrubada de um helicóptero por drone altera imediatamente os protocolos de missão. Operações de erradicação e transporte agora exigem escoltas mais robustas, monitoramento eletrônico reforçado e contramedidas antidrone durante voos e pousos. A pressão política aumenta para acelerar compras de sistemas de defesa e treinar equipes contra novas ameaças. Além disso, analistas militares sugerem rever táticas de altitude, rotas de aproximação e coordenação com tropas em solo. Dessa forma, a Colômbia — e vizinhos expostos a rotas do narcotráfico — enfrentam um novo patamar de risco aéreo, com drones acessíveis multiplicando a letalidade de grupos irregulares.

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