Tripulação do HU-61 realizando embarque de mãe e bebê em resgate no Pantanal
Evacuação aeromédica da Marinha no Pantanal com helicóptero Esquilo HU-61
Um helicóptero da Marinha no Pantanal foi acionado no dia 24 de agosto de 2025 para realizar uma evacuação aeromédica de emergência. A missão, conduzida pelo 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste (EsqdHU-61), ocorreu na região de Paiaguás – Pantanal sul-mato-grossense -, marcada por alagamentos e sem acesso terrestre. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul solicitou o apoio aéreo após constatar que o socorro por terra era inviável.
Mãe e bebê resgatados em condições extremas
A operação tinha como objetivo salvar Tatiane Ramos, de 26 anos, que havia dado à luz prematuramente em casa, com apenas sete meses de gestação. O parto ocorreu de forma improvisada, apenas com o auxílio da avó paterna. O recém-nascido, chamado Benjamin, nasceu em estado delicado e necessitava de atendimento médico urgente. A mãe também apresentava riscos pela fragilidade do parto sem assistência hospitalar.
Diante da gravidade da situação, o helicóptero pousou em área improvisada e embarcou rapidamente mãe e bebê. Em seguida, a tripulação iniciou o transporte até o heliponto da Marinha, em Corumbá, garantindo que o atendimento especializado fosse iniciado quanto antes.
Transferência imediata para o hospital
Assim que a aeronave pousou, uma ambulância dos Bombeiros já aguardava para conduzir os pacientes ao Pronto-Socorro de Corumbá. A transferência ocorreu sem atrasos e foi decisiva para salvar as duas vidas. O pequeno Benjamin permaneceu internado por conta do baixo peso, enquanto Tatiane recebeu alta médica dias depois. Portanto, a rapidez de um helicóptero da Marinha no Pantanal foi fundamental para garantir a sobrevivência da família.
Importância do HU-61 no Pantanal
O Contra-Almirante Alexandre Amendoeira Nunes, comandante do 6º Distrito Naval, destacou que missões como essa reforçam a presença da Marinha em áreas isoladas. Segundo ele, a rapidez no transporte aéreo pode determinar a sobrevivência em situações críticas. No Pantanal, onde alagamentos bloqueiam estradas durante grande parte do ano, a aviação naval se torna essencial.
Além disso, o HU-61 atua em apoio humanitário, transporte de equipes médicas e resgate de comunidades ribeirinhas e indígenas. Os helicópteros Esquilo do esquadrão são adaptados para missões aeromédicas, permitindo estabilizar pacientes ainda durante o voo.
Histórico de missões de evacuação
Em 2024, o HU-61 realizou 44 evacuações aeromédicas no Pantanal. Já em 2025, até agosto, o número chegou a 19 operações. Além disso, esses dados revelam a frequência das missões e a necessidade constante de equipes treinadas. Cada operação exige logística detalhada e integração entre Marinha e Bombeiros. Dessa forma, a habilidade para pousar em locais improvisados se torna indispensável. Por isso, muitas vezes, apenas a aviação garante o acesso a populações isoladas.
Depoimento da tripulação envolvida
O Capitão-Tenente Mateus Lima, piloto do helicóptero, classificou a missão como uma das mais marcantes de sua carreira. Ele afirmou que oferecer uma chance real de sobrevivência em áreas isoladas é motivo de orgulho e responsabilidade. Além disso, destacou o comprometimento da tripulação, que atua sob condições adversas, mas sempre com o objetivo de salvar vidas.
A presença da Marinha no coração do Brasil
As missões de evacuação aeromédica demonstram que ter pelo menos helicóptero da Marinha no Pantanal é essencial para salvar vidas em áreas de difícil acesso. Ao resgatar uma mãe e seu bebê prematuro, a Força Naval reforçou seu papel humanitário e estratégico. Assim, em locais onde estradas desaparecem sob a água e o tempo é fator decisivo, apenas a aviação naval representa a diferença entre a vida e a morte.
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