Helicóptero H-36 Caracal da FAB em manutenção após pouso de emergência

Jota

22 de outubro de 2025

Helicoptero-Caracal-da-FAB-em-manutencao-apos-pouso-por-precaucao-em-praia-do-RN_Imagem-Sergio-Henrique-Santos_Inter-TV-Cabugi.

O helicóptero H-36 Caracal da Força Aérea Brasileira segue em manutenção na praia de Barra do Rio, em Extremoz, na Grande Natal–RN, após um pouso de emergência ocorrido no sábado, 18 de outubro de 2025. A aeronave pertence ao 1º/8º Grupo de Aviação (Esquadrão Falcão), sediado na Base Aérea de Natal (BANT). O local continua isolado e sob vigilância permanente. Segundo a FAB, o pouso foi feito “por precaução”, durante uma missão de rotina com seis tripulantes a bordo.

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As equipes técnicas da Força Aérea Brasileira, trabalham desde o sábado nos reparos do helicóptero H-36 Caracal da FAB, concentrando os esforços nos sistemas de motor e rotor principal. Um caminhão munck levou peças de reposição até a praia, com apoio de um trator, já que o terreno é arenoso e de difícil acesso. Além disso, a FAB informou que todos os protocolos de segurança estão sendo seguidos rigorosamente para evitar danos adicionais. No entanto, a instituição ainda não divulgou prazo para o término dos reparos ou para a retirada da aeronave do local.

Diferentemente do que o AeroJota havia informado anteriormente, a aeronave não decolou para a Base Aérea de Natal após o pouso de precaução. A informação inicial não se confirmou como verdadeira. Assim, já são três dias consecutivos de manutenção, sem previsão oficial para o término dos trabalhos. A FAB destacou que segue avaliando as condições do helicóptero e, portanto, estuda a melhor estratégia logística para garantir a integridade do equipamento.

Testemunhas da região relataram que o helicóptero sobrevoava a área a baixa altitude e soltava fumaça momentos antes do pouso. Além disso, moradores afirmaram que outras aeronaves da FAB acompanharam o voo e realizaram círculos sobre a praia enquanto o H-36 Caracal buscava um local seguro para aterrissar. Apesar dos relatos, a Força Aérea limitou-se a informar que o pouso foi uma medida preventiva. Nenhum dos seis tripulantes ficou ferido, e o episódio reforça a eficiência da ação de emergência.

Um ponto que preocupa especialistas é que o helicóptero da FAB não possui o mesmo tratamento marítimo aplicado aos helicópteros da Marinha do Brasil. A aeronave permanece a poucos metros das ondas do mar, recebendo maresia constante e alta salinidade. Esses fatores, portanto, aceleram a corrosão de componentes metálicos e eletrônicos, o que pode aumentar o tempo de manutenção.

Além disso, o ambiente arenoso representa outro risco importante. Durante o pouso de precaução e também nos testes futuros de motor, existe a possibilidade de ingestão de partículas de areia pelos motores. Esse processo, ainda que natural em locais abertos, pode causar desgaste adicional e exigir inspeções mais rigorosas futuras.

Por isso, após os reparos emergenciais, o ideal seria acionar e decolar o helicóptero imediatamente para a Base Aérea de Natal. Dessa forma, ele poderia receber banho com água doce e verificação completa dos sistemas, seguindo os procedimentos de manutenção marítima preventiva. Essa medida reduziria riscos associados à exposição prolongada à maresia e à areia. Além disso, garantiria que todos os sistemas da aeronave fossem avaliados com segurança e precisão.

O H-36 Caracal é um helicóptero com aproximadamente 20 metros de comprimento, 5 metros de altura e peso superior a 5 toneladas. O modelo é amplamente utilizado pela FAB. Exército e Marinha do Brasil, em operações de busca e salvamento, transporte logístico, evacuação aeromédica e apoio a missões especiais. Desenvolvido pela Airbus Helicopters, o Caracal é reconhecido por sua autonomia, resistência e versatilidade. Além disso, o helicóptero opera em ambientes complexos, como florestas densas e áreas de difícil acesso, o que o torna indispensável às missões da Força Aérea Brasileira.

O helicóptero H-36 Caracal da FAB segue em manutenção na praia de Extremoz pelo terceiro dia consecutivo, sem prazo oficial para remoção. A exposição à maresia e à areia reforça a necessidade de inspeção detalhada e descontaminação completa quando o equipamento retornar à Base Aérea de Natal. O caso evidencia a competência da tripulação ao realizar um pouso seguro. Além disso, destaca a importância de ações rápidas para preservar a aeronave e garantir sua recuperação estrutural.

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https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/videos-rntv-2-edicao/video/helicoptero-da-fab-faz-pouso-de-precaucao-em-praia-do-rn-14024613.ghtml

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