Helicópteros da Marinha do Brasil partem para o PROANTAR

Jota

8 de outubro de 2025

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Os helicópteros da Marinha do Brasil partem para o PROANTAR em mais uma missão de destaque no cenário científico e operacional. Dessa vez, os integrantes do Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-1) embarcaram rumo ao continente gelado para participar da Operação Antártica (OPERANTAR), que é o braço operacional do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).

O grupo, composto por aproximadamente 16 militares, forma o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE), responsável por conduzir as operações aéreas a bordo dos navios Almirante Maximiano (H-41) e Ary Rongel (H-44). Durante a missão, os helicópteros realizam transporte de carga, deslocamento de pesquisadores, reconhecimento aéreo e apoio logístico às estações científicas. Assim, a presença dessas aeronaves assegura que o Brasil mantenha sua atuação contínua na Antártica, fortalecendo o vínculo entre ciência e soberania.

Marinha-na-Operacao-Antartica_Imagem-Marinha-do-Brasil
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Criado em 1982, o PROANTAR tem como propósito garantir a presença do Brasil no continente antártico e promover pesquisas científicas sobre clima, oceanos e biodiversidade. Para isso, o programa reúne esforços da Marinha do Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Itamaraty e de várias universidades e institutos de pesquisa.

A atuação dos helicópteros da Marinha para o PROANTAR é essencial para o êxito das operações. Por meio dessas aeronaves, é possível transportar pesquisadores, instalar acampamentos e mover suprimentos entre os navios e as bases, como a Estação Antártica Comandante Ferraz, reconstruída após o incêndio de 2012.

Além disso, as aeronaves são fundamentais em emergências médicas e no reconhecimento de áreas de difícil acesso. Dessa forma, o apoio aéreo permite que as pesquisas avancem mesmo sob condições climáticas adversas, ampliando o alcance científico do Brasil no continente branco.

O Esquadrão HU-1 tem longa experiência em missões antárticas. Inicialmente, utilizava os helicópteros AS-350 Esquilo (UH-12) e AS-355 (UH-13). Entretanto, desde 2019, passou a operar o moderno H-135, designado pela Marinha como UH-17, que se tornou a principal aeronave de emprego polar.

Esses helicópteros bi turbina foram desenvolvidos para suportar ambientes extremos e oferecem excelente desempenho em baixas temperaturas. Além disso, contam com aviônicos digitais, sistemas de navegação de última geração e capacidade para transportar até sete passageiros e carga externa. Assim, o UH-17 garante eficiência e confiabilidade nas operações sobre o gelo, mesmo sob ventos intensos e visibilidade limitada.

Durante a 42ª e 43ª Operações Antárticas, duas aeronaves UH-17 foram embarcadas no Navio Polar Almirante Maximiano, acompanhadas por dezesseis militares do HU-1. Essa integração entre tecnologia e experiência comprova a capacidade da Marinha de operar em um dos ambientes mais desafiadores do planeta.

Atuar com os helicópteros da Marinha no PROANTAR exige preparo físico e psicológico. As temperaturas negativas, o gelo constante e as tempestades de neve impõem riscos diários. Por isso, o planejamento minucioso e a manutenção preventiva são fatores decisivos para o sucesso da missão.

Os pilotos enfrentam ventos imprevisíveis, pistas reduzidas e conveses instáveis durante pousos e decolagens. Ainda assim, cada voo representa um avanço da ciência brasileira no continente gelado. Além disso, o comprometimento das equipes de mecânicos, operadores de convés e técnicos embarcados garante que as aeronaves permaneçam prontas e seguras, independentemente das adversidades.

Graças à dedicação dessas equipes, a Marinha do Brasil mantém sua reputação de excelência em missões de alta complexidade. Desse modo, a operação antártica reforça o espírito de cooperação e o orgulho de representar o país em condições extremas.

A presença dos helicópteros da Marinha reforça a cooperação entre defesa e ciência. Através dessa parceria, o Brasil mantém sua participação ativa no Tratado da Antártica e assegura o direito de contribuir nas decisões sobre o uso sustentável do continente.

Mais do que uma operação militar, essa missão expressa o compromisso do Brasil com a pesquisa e com a preservação ambiental. Por isso, cada voo realizado pelo HU-1 simboliza o esforço conjunto de cientistas e militares em prol do conhecimento e da soberania nacional.

Assim, o trabalho dos aviadores e pesquisadores brasileiros reafirma o papel do país como um dos protagonistas na exploração científica da Antártica, projetando a imagem de uma nação que alia tecnologia, competência e compromisso ambiental.

Com tecnologia moderna, tripulações experientes e espírito de missão, a Marinha do Brasil continuara a desempenhar papel essencial nas próximas Operações Antárticas. A integração entre navios, aeronaves e pesquisadores garante que o Brasil siga ampliando seu legado científico e fortalecendo sua presença internacional.

“No ar, os homens do mar.”

Essa frase representa o orgulho de quem enfrenta o frio extremo em nome da ciência e da Nação.

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