Incidente entre Phenom 300 e R-22 em Porto Belo chamou atenção na imprensa e nas redes sociais
Vídeo mostra decolagem do Phenom 300 e helicóptero R-22 em Porto Belo: houve mesmo risco de colisão?
Logo de início, muitos usuários nas redes sociais e a imprensa ficaram alarmados ao ver um suposto incidente durante uma manobra de um jato executivo Phenom 300 e um helicóptero Robinson R‑22 sobre o Condomínio Aeronáutico Costa Esmeralda, em Porto Belo‑SC. Eles questionaram: o quão próximos estavam essas aeronaves?
Entretanto, ao surgir novo vídeo — captado de outro ângulo — fica evidente que não houve risco real de colisão. Aliás, o que confundiu o público foi justamente a maneira como a câmera registrou a cena: um efeito chamado parallax, ou efeito de paralaxe, que dá a falsa impressão de proximidade entre objetos em movimento. Em outras palavras, embora pareça que o jato quase cruze com o helicóptero, na prática, a distância era segura.
Como funcionou a operação aérea no Costa Esmeralda entre Phenom 300 e R-22
Além do impacto visual gerado pelo vídeo, é fundamental compreender o contexto operacional do Condomínio Aeronáutico Costa Esmeralda, em Porto Belo–SC. Diferente de grandes aeroportos, o local não possui torre de controle. Ainda assim, isso não significa ausência de segurança.
Nesse tipo de aeródromo, toda a operação aérea é coordenada por meio de comunicação via rádio. Assim, os pilotos anunciam em canal específico suas posições, intenções e movimentações. Esse procedimento permite que todos os aviadores presentes façam, mentalmente, uma leitura do tráfego aéreo em tempo real, prevenindo riscos de conflito.
No caso específico do suposto incidente entre o Phenom 300 e o helicóptero R-22, ambos os pilotos comunicaram suas ações antecipadamente. O jato executivo declarou sua intenção de decolar e realizar uma curva à direita logo após a decolagem. Por sua vez, o helicóptero, que estava em aproximação por trás, também havia informado sua posição e direção pretendida.
Portanto, com todas as informações sendo compartilhadas, o piloto do Phenom 300 tinha tempo e distância suficientes para decolar com segurança. Ao mesmo tempo, o piloto do R-22 visualizava claramente o jato ainda posicionado na cabeceira. Ambos sabiam, com exatidão, o que estava acontecendo ao seu redor.
Por que o vídeo gerou alarde?
- Primeiro, o ângulo da câmera comprime o espaço, parecendo que havia poucos metros de distância.
- Além disso, a ausência de pontos de referência visuais claros aumentou essa percepção equivocada.
- Da mesma forma, quem assistiu sem contexto pode ter interpretado mal a dinâmica da cena.
O que é o efeito de paralaxe?
O parallax é uma ilusão visual comum, presente em diversas situações do cotidiano, especialmente em vídeo e fotografia.
Esse efeito acontece quando objetos mais próximos se movem contra o fundo de maneira aparente mais rápida que objetos distantes — o que confunde o observador. Em aeronáutica, situações assim são familiares: parallax pode enganar, mas não altera as regras do voo nem o bom senso dos pilotos.
Finalizando
Em síntese, não houve risco de colisão. O que ocorreu foi uma ilusão de proximidade causada pelo ângulo da câmera. Além disso, a comunicação via rádio e a consciência situacional dos pilotos garantem a segurança no espaço aéreo do condomínio — mesmo sem uma torre de controle.
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