Menos voos dos jatinhos da Força Aérea Brasileira em 2025 preocupam autoridades
Queda histórica nos voos dos jatinhos da Força Aérea Brasileira em 2025
Os jatinhos da Força Aérea Brasileira em 2025 registraram o segundo menor número de voos desde o início do monitoramento, em 2003. Entre janeiro e julho, foram realizadas apenas 654 decolagens. Esse total é superior apenas às 407 do mesmo período de 2020, quando a pandemia de COVID-19 paralisou boa parte da aviação.
Portanto, a queda significativa chama atenção e está diretamente ligada a uma crise orçamentária que afeta a operação das aeronaves do Grupo de Transporte Especial (GTE). Essa situação também evidencia como decisões orçamentárias do governo impactam diretamente a logística de transporte das autoridades brasileiras.
Bloqueio orçamentário e impacto nos jatinhos da Força Aérea Brasileira em 2025
O Ministério da Defesa teve R$ 3,26 bilhões bloqueados entre o segundo e o terceiro bimestres de 2025. Essa medida fez parte do esforço do governo para cumprir a meta fiscal. Embora parte desses recursos tenha sido liberada no fim de julho, o fato é que o tempo necessário para que o orçamento chegue às unidades operacionais atrasou a retomada dos voos.
Atualmente, apenas dois ou três dos dez jatos executivos da FAB estão em condições de operação. Além disso, a previsão é que uma quarta aeronave volte a voar no fim de agosto e uma quinta até outubro. A falta de recursos também afeta a manutenção, que depende de peças importadas e técnicos especializados. Assim, os aviões disponíveis estão sendo usados no limite para atender solicitações oficiais, incluindo viagens particulares de ministros, familiares e convidados — o que, por sua vez, provoca críticas nas redes sociais e em setores da imprensa.
Evolução mensal dos voos e desempenho operacional
Os números mostram claramente o impacto do bloqueio. Em janeiro, foram 81 voos; fevereiro teve 80; março registrou 103; abril atingiu o pico do ano, com 125; maio caiu para 101; junho reduziu para 98; e julho despencou para 66 decolagens. Portanto, a queda foi gradual após abril, coincidindo com a restrição orçamentária.
Em abril, quando havia oito a dez aeronaves disponíveis, cada avião realizava em média 12 voos no mês. Por outro lado, com apenas duas ou três aeronaves operando, a média ultrapassou 20 viagens por avião. Consequentemente, essa alta frequência de uso aumenta o desgaste e exige manutenção mais rápida, o que pode causar novas paralisações.
Principais destinos e autoridades que mais usaram os jatinhos da Força Aérea Brasileira em 2025
Brasília foi o destino mais frequente entre janeiro e julho, com 264 voos — algo esperado, já que concentra as atividades políticas do país. Em segundo lugar ficou São Paulo, com 100 decolagens para Congonhas e Guarulhos. O Rio de Janeiro aparece em seguida, com 40 voos, e Recife, com 15.
Entre os passageiros mais frequentes, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, lidera com 66 viagens, tendo São Paulo e João Pessoa como destinos principais. Em seguida está o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, com 62 voos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aparece na terceira posição com 57 deslocamentos. Logo depois, surgem Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, com 49 viagens, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores, com 40.
Critérios de prioridade e papel da FAB
O uso dos aviões segue uma ordem de prioridade definida por lei e publicada no Diário Oficial da União. Têm preferência o vice-presidente da República, os presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal, os ministros de Estado, os comandantes das Forças Armadas e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
O ministro da Defesa também pode autorizar o transporte de outras autoridades, nacionais ou estrangeiras. Vale ressaltar que a Força Aérea Brasileira não decide quem será transportado nem define acompanhantes. Dessa forma, cumpre apenas as requisições oficiais, garantindo que os jatinhos da Força Aérea Brasileira em 2025 voem com segurança e dentro da disponibilidade operacional.
Fonte: Poder 360
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