Maj-Av-Celso-Vilarinho_Homenagem-do-Hangar-2o-EIA
Major Aviador Celso Vilarinho recebeu uma homenagem especial no Hangar 2º EIA, em Itajubá–MG, às vésperas do 73º aniversário da Esquadrilha da Fumaça. O evento reuniu entusiastas, cadetes e colegas da aviação brasileira para celebrar sua trajetória.
Como parte da programação comemorativa, os organizadores inauguraram um mural que eterniza um dos momentos mais emblemáticos da carreira do aviador: o voo de dorso com a aeronave T-25 Universal. Esse registro, produzido nos anos 1980, rapidamente se tornou uma referência para muitos cadetes que vieram depois.
Mais do que uma lembrança visual, o mural representa o reconhecimento da comunidade aeronáutica a um aviador que construiu sua história com feitos técnicos e, principalmente, com generosidade. Além disso, a homenagem reforça o compromisso do Hangar 2º EIA com a preservação da memória e com a valorização de quem elevou o nome da Força Aérea Brasileira.
Por esse motivo, a imagem escolhida para o mural simboliza não apenas um feito técnico, mas também a inspiração deixada pelo Major Aviador Celso Vilarinho para as novas gerações. Enquanto o tempo passa, sua trajetória continua sendo exemplo para os que chegam agora.
Localizado na cidade de Itajubá–MG, o Hangar 2º EIA nasceu com a proposta de preservar a memória e celebrar a cultura aeronáutica. Mais do que um espaço físico, o projeto funciona como um ponto de encontro para jovens estudantes de escolas públicas e privadas, veteranos da aviação, pilotos da ativa, entusiastas e jovens sonhadores e realizadores.
Desde sua inauguração, o hangar 2º EIA promove eventos com esses estudantes, exposições e encontros que fortalecem os vínculos para a carreira aeronáutica. A ideia central é simples, mas poderosa: valorizar quem construiu a história da aviação brasileira e, ao mesmo tempo, inspirar aqueles que estão querendo começar sua trajetória no ar.
Além disso, o Hangar 2º EIA abriga acervos históricos, painéis temáticos e memoriais dedicados a grandes nomes da Força Aérea Brasileira. Por esse motivo, ele se tornou uma referência afetiva e cultural para todos que respiram aviação.
A homenagem ao Major Aviador Celso Vilarinho é apenas um exemplo do quanto esse espaço valoriza o passado, honra o presente e cultiva o futuro.
Desde a inauguração do Hangar 2º EIA, em Itajubá–MG, o Major Aviador Vilarinho marcou presença com entusiasmo. Convidado diretamente pelo organizador Fabrizio, ele prontamente se dispôs a colaborar com o projeto de forma voluntária. Desde então, participou ativamente de todos os encontros realizados no local.
Além de compartilhar sua vasta experiência com novos entusiastas da aviação, o Major Aviador Celso Vilarinho também ofereceu sugestões valiosas que ajudaram a aprimorar o projeto. Sua presença constante fortaleceu os vínculos entre gerações e elevou o nível técnico das conversas no hangar.
Como reconhecimento por essa dedicação exemplar, os organizadores decidiram eternizar sua trajetória no mural mencionado nesta matéria. O gesto representa mais que um tributo: simboliza o respeito por quem construiu, com humildade e talento, um verdadeiro legado entre o céu e a terra do Hangar 2º EIA.
Ao longo de sua trajetória, o Major Aviador Celso Vilarinho integrou a Esquadrilha da Fumaça em um momento de grande transformação. Naquele período, a equipe encerrava a era dos T-25 Universal e iniciava a operação dos modernos T-27 Tucano.
No primeiro semestre de 1983, o esquadrão protagonizou uma das manobras mais complexas de sua história: o “espelho”. A apresentação ocorreu sobre o Morro do Cuscuzeiro, na cidade de Analândia–SP, e exigiu máxima precisão dos pilotos.
O grande desafio técnico era manter a aeronave em voo invertido por até 8 segundos. No entanto, graças a ajustes específicos na pressão do motor, essa marca foi alcançada com segurança. Por isso, a preparação para a primeira decolagem do dia foi estendida em 05 segundos para 8 segundos — um esforço que valeu a pena diante da perfeição da execução.
O Cometa Branco, nome não oficial usado para identificar a Esquadrilha da Fumaça durante a fase de transição para os T-27 Tucano, reuniu pilotos marcantes da aviação brasileira. Entre os destaques, o então Capitão Celso Vilarinho pilotava a aeronave FAB 1928 em voo de dorso. Ao seu lado, na posição de ala, voava o 1º Tenente Siqueira, enquanto o 1º Tenente Luiz Fernando atuava como P2 e registrava toda a cena.
Curiosamente, ele capturou a imagem icônica utilizando uma câmera Canon de 36 poses. Para garantir nitidez máxima, optou por manter a capota da aeronave aberta durante os cliques. Embora isso representasse um desafio adicional, o resultado compensou qualquer risco assumido.
Além disso, a precisão da formação e a curta distância entre as aeronaves aumentaram ainda mais o impacto visual da fotografia. Por esse motivo, o registro se tornou uma referência dentro e fora da Força Aérea Brasileira.
Além de seu domínio no voo invertido e nas formações impecáveis, o Major Aviador Celso Vilarinho também ficou conhecido por executar com maestria a manobra giroscópica Lancevaque. Essa acrobacia exige total domínio do avião e um instinto apurado, características que ele demonstrou com naturalidade ao longo de sua carreira na Força Aérea Brasileira. Tal habilidade fez com que ele fosse lembrado com carinho, até os dias de hoje, por todos que acompanharam sua trajetória.
Durante a cerimônia de inauguração do mural, estudantes, cadetes da AFA, oficiais do PAMA-LS e entusiastas da aviação estiveram presentes. Todos destacaram o papel fundamental do Major Aviador Celso Vilarinho na formação de novas gerações de pilotos.
Além de ser reconhecido por sua técnica apurada, ele também foi exaltado por sua generosidade. Compartilhar conhecimento com entusiasmo e humildade sempre fez parte de sua conduta.
Hoje, sua presença no Hangar 2º EIA representa mais do que uma lembrança — simboliza uma lenda viva, entre passado e presente, que inspira os céus e alimenta sonhos em terra firme.
A expressão “A lenda” surgiu naturalmente entre os presentes. Afinal, alcançar esse status não depende apenas de feitos técnicos, mas de atitudes que permanecem no tempo. O Major Aviador Celso Vilarinho, mesmo na reserva, continua ativo e comprometido com a comunidade aeronáutica.
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