Recebi um link de um artigo escrito pelo site Aviação em Floripa muito interessante falando do seu acervo pessoal do Cel. Av. Camazano, sobre seus vários anos na Força Aérea Brasileira e com muito material sobre a própria Força Aérea Brasileira, Aviação Naval, Aviação do Exército dentre outros temas
Por incrível coincidência tive o prazer e o privilégio de servir com o na época Tenente Aviador Camazano, recém transferido do CATRE, para o 4o EMRA, que estava sediado na Base Aérea de São Paulo (BASP), lá pelos anos de 1978/79 até o ano de 1980/81 quando fui novamente transferido para o SRPV-SP, e ele seguiu para outra unidade aérea.
Antes de falarmos e mostrarmos um pouco desse museu pessoal do Coronel Aviador CAMAZANO, vamos falar um pouco sobre ele e sua carreira na Força Aérea Brasileira.
Nascido em 1950, na cidade de Catanduva–SP, Aparecido Camazano Alamino é filho de pais espanhóis, que se conheceram após imigrarem para o Brasil. Com pouca idade, mudou-se com a família para a cidade de São Paulo–SP, nos arredores do Campo de Marte, um dos aeroportos mais antigos do Brasil. Sua infância foi marcada pela constante presença dos aviões, principalmente os modelos militares, pois o local abriga o Parque de Material Aeronáutico de São Paulo – PAMA SP -, uma organização militar da Força Aérea Brasileira. A convivência diária com a aviação, ajudou a despertar no jovem Camazano, a vocação aeronáutica e por consequência, o desejo de seguir na carreira militar.
O caminho trilhado rumo aos céus, começou em março de 1969, pela Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), situada na cidade de Barbacena–MG, Instituição de Ensino da FAB equivalente ao atual Ensino Médio e responsável pela introdução dos jovens alunos à vida militar. O primeiro contato com um avião, aconteceu três anos depois, em 1972, no Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM), instituição atualmente desativada, na cidade de Natal–RN, voando inicialmente o Aerotec T-23 Uirapuru e depois o jato Cessna T-37C, aeronaves responsáveis naquela época, por ministrar, respectivamente, as instruções de voo Primária/Básica e Avançada.
Após o CFPM, foram mais três anos na Academia da Força Aérea (AFA), na cidade de Pirassununga–SP, complementando a sua formação com mais horas de voo, além da parte acadêmica, com diversas outras disciplinas técnicas.
Camazano formou-se na AFA em dezembro de 1975 e no início do ano seguinte, como Aspirante à Oficial Aviador, retornou a Natal–RN para o estágio operacional no Centro de Aplicações Táticas e Recompletamento de Equipagens (CATRE), unidade atualmente desativada, especializando-se como Piloto de Ataque. Ali teve contato com o jato de treinamento avançado Embraer AT-26 Xavante, avião que marcou seus anos iniciais de atividade na FAB. Dentre todas as aeronaves que voou ao longo do seu tempo de serviço, foi o Xavante que ganhou um lugar especial em seu coração, principalmente o AT-26 com a matrícula FAB 4554, voado pelo jovem Tenente Camazano no período em que serviu no 4º EMRA – Quarto Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque – Operações Aéreas Especiais -, na Base Aérea de São Paulo (BASP), entre os anos de 1978 a 1980
Naquele tempo, havia uma quantidade significativa desses jatos na FAB e a aeronave em questão, era pilotada exclusivamente por ele, tendo inclusive seu nome pintado na fuselagem. Em mais de três décadas dedicadas à Força Aérea Brasileira, foram 5 mil horas de voo, acumuladas em diversos modelos de aviões e helicópteros. Além dos já citados, operou os, Bell H-13, Bell UH-1H – Hzão -, U/L-42 Regente, T-25 Universal, T-27 Tucano, U-7 Sêneca, C-95 Bandeirante, VC-97 Brasília e Learjet 35A.
O Coronel Aviador Camazano serviu em diversos Esquadrões e Organizações Militares da Força Aérea Brasileira, exercendo também, importantes funções administrativas, destacando-se nesse quesito, como Assistente do Ministro da Aeronáutica, em 1990, na época, o Tenente-Brigadeiro do Ar Sócrates da Costa Monteiro, além de um período de dois anos (1991 a 1992) na Bolívia, atuando como Assessor Acadêmico junto ao Colégio Militar de Aviação da Força Aérea daquele país. Também foi Comandante da Base Aérea de Campo Grande (BACG), entre os anos de 1999 e 2001, um dos últimos cargos que ocupou, antes de passar para a reserva, no posto de Coronel, em julho de 2003.
Desde o início da carreira como Oficial Aviador da Força Aérea, Camazano se preocupava em documentar e registrar tudo. Movido pela curiosidade em conhecer o significado das cores e símbolos utilizados pela Força Aérea Brasileira e, já naquela época, pelo sentimento da importância em salvaguardar a história da própria Instituição em que trabalhava, por onde passava, seja nas várias Organizações Militares em que serviu, nos deslocamentos pelo país cumprindo missões ou recebendo materiais de outras pessoas, ia colecionando objetos dos mais diversos tipos, que ajudavam a preservar a memória da FAB
Um dos acessórios que carregava consigo, era a máquina fotográfica, sempre pronta a registrar as aeronaves militares. Ao deixar o serviço ativo em 2003, o Coronel Aviador Camazano fixou raízes na cidade de Natal–RN e passou a dedicar-se em tempo integral às pesquisas aeronáuticas e à organização do seu vasto acervo sobre o tema. No escritório particular em sua residência, mantém uma biblioteca composta por inúmeras revistas e livros sobre Aviação Militar, dezenas de milhares de fotografias em papel e digitais, além de uma grande coleção de Emblemas Militares, chamados de “bolachas”, de todas as Organizações Militares da FAB e de Unidades da Marinha e do Exército, bem como de outros países, tudo catalogado e organizado de forma impecável.
Com o objetivo de perpetuar sua trajetória na Força Aérea Brasileira (FAB), o Coronel Camazano criou em sua residência, um Memorial que leva o seu nome, reunindo objetos que fizeram parte de sua história, além de prêmios, homenagens e condecorações recebidas ao longo da carreira. O espaço, oficialmente inaugurado em 25 de março de 2018, data do seu aniversário, reúne quadros com pinturas de todas as aeronaves voadas por ele, fardamentos, itens pessoais e dentre outros objetos.
Com o tempo, sabendo do seu interesse por temas ligados à Aeronáutica e à Força Aérea Brasileira, passou a ganhar de outras pessoas, artigos diversos relacionados à aviação militar, dos quais alguns foram incorporados ao acervo. Camazano costuma receber a visita de amigos e convidados para uma boa prosa sobre seu tempo de serviço, suas experiências e as histórias e estórias da Força Aérea Brasileira, além de apresentar com muito orgulho, tudo que existe no local. Impossível para quem é apaixonado por aviação, não se encantar com seu entusiasmo, a organização e principalmente, com a quantidade de itens em exposição.
Como destaques na parede do Memorial, estão treze quadros nas dimensões de 40x60cm, retratando todos os modelos de aeronaves voadas pelo Cel. Av. Camazano. As obras foram feitas utilizando-se a técnica de óleo sobre tela e são de autoria do artista Nélson Anaya, militar reformado da Força Aérea Brasileira e um dos maiores expoentes no Brasil em Arte de Aviação. Alguns dos quadros foram pintados pela filha de Camazano, Luciana, que é artista plástica e professora de música.
O Coronel Aviador Camazano tem uma agenda bastante ocupada. Além de se dedicar às suas pesquisas pessoais, recebe diariamente pedidos de informações, imagens de aeronaves ou emblemas, de profissionais de imprensa, estudantes acadêmicos ou interessados por aviação. Fora isso, é frequentemente convidado a proferir palestras sobre a história da Força Aérea Brasileira aos alunos dos Cursos de Especialização Operacional das Aviações de Caça, Asas Rotativas e de Transporte, que todos os anos chegam à Base Aérea de Natal (BANT), oriundos da Academia da Força Aérea (AFA)
Ele também contribui com a Revista Asas, sendo responsável pela “Coluna do Camazano”, onde traz informações de bastidores da FAB, além de publicar em cada edição da revista, artigos sobre uma aeronave específica, utilizada pela FAB, Aviação Naval ou Aviação Militar em geral, onde a sua história é abordada em detalhes, com fotos inéditas e desenhos em perfil, trazendo os diferentes padrões de pintura que utilizaram, ajudando dessa forma, os plastimodelistas brasileiros que, através de suas matérias, encontram uma fonte de consulta valiosa para a montagem dos modelos em escala.
O Cel. Av. Camazano possui onze livros publicados e também é autor de três opúsculos editados -livro pequeno ou folheto com poucas páginas -, pelo Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER). Além disso, participou de inúmeras obras de outros pesquisadores, fornecendo fotos ou consultoria técnica. A qualidade do seu trabalho pode ser medida pela conquista de três Prêmios Santos-Dumont de Jornalismo, promovido pelo INCAER, recebidos por monografias na categoria “História da Aviação”.
Como reconhecimento por todo o seu trabalho em prol da divulgação da aviação, em 2016, o Cel. Av. Camazano passou a integrar o seleto grupo de Conselheiros do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), vinculado à Força Aérea Brasileira e o principal organismo do país dedicado a preservar a história da Força Aérea Brasileira
Essa repostagem foi autorizada pela Aviação Floripa. Se você quiser saber mais detalhes do Coronel Aviador Camazano e ver mais fotos muito interessantes do seu acervo pessoal, acesse o link da AVIAÇÃO EM FLORIPA e siga eles no INSTAGRAM
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