França intercepta navio Boracay da frota fantasma russa

Jota

3 de outubro de 2025

Navio Russo interceptado suspeito de lançar drones em paises da OTAN_Foto Ilustrativa

A Marinha francesa interceptou o navio Boracay da frota fantasma russa no fim de setembro. Autoridades europeias alegam que a embarcação serviu como base para drones que invadiram o espaço aéreo da Dinamarca. O petroleiro transportava cerca de 750 mil barris de petróleo bruto e saiu da cidade de Primorsk, na Rússia, com destino declarado à Índia. Durante a rota, serviços de inteligência decidiram monitorar a navegação porque o Boracay já aparecia em relatórios sobre a frota fantasma, rede usada por Moscou para driblar sanções internacionais.

Navio Russo interceptado suspeito de lançar drones em paises da OTAN_Foto Ilustrativa
Navio Russo interceptado suspeito de lançar drones em paises da OTAN_Foto Ilustrativa

Após a interceptação, oficiais franceses ordenaram que o Boracay seguisse para Saint-Nazaire. Nesse porto, promotores abriram investigação formal contra a tripulação e contra a operação comercial do navio. Os marinheiros não apresentaram documentos válidos que comprovassem a nacionalidade da embarcação, registrada sob bandeira do Benin. Por esse motivo, o capitão chinês e o imediato permaneceram sob custódia para prestar esclarecimentos.

As suspeitas aumentaram porque drones desconhecidos entraram no espaço aéreo da Dinamarca no fim de setembro, obrigando o fechamento dos aeroportos de Copenhague e Aalborg. Além disso, Alemanha, Polônia, Romênia e Estônia também relataram episódios semelhantes. Durante esses incidentes, quatro embarcações ligadas ao Kremlin estavam na região: o Boracay, o Astrol-1, o Oslo Carrier-3 e o Aleksandr Shabalin. Assim sendo, governos europeus intensificaram a vigilância marítima.

O termo “frota fantasma” descreve embarcações que utilizam registros falsos e bandeiras de conveniência para mascarar a verdadeira origem. Dessa maneira, conseguem operar à margem das sanções internacionais. O Boracay já recebeu nomes diferentes, como Pushpa e Kiwala, o que reforça o histórico de ocultação. Emmanuel Macron declarou que a operação francesa integra uma estratégia europeia destinada a enfraquecer o financiamento da guerra russa.

Mesmo após a abordagem, autoridades liberaram o navio Boracay da frota fantasma russa, que deixou a costa francesa em 3 de outubro e seguiu pela Baía da Biscaia. Enquanto isso, o tribunal francês agendou o julgamento do capitão para fevereiro de 2026. Portanto, o caso reforça a determinação europeia em vigiar navios da frota fantasma e impedir operações clandestinas ligadas a Moscou.

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