ANAC abre debate sobre nova concessão do Aeroporto do Galeão com venda assistida
Futuro do Rio em pauta: nova concessão do Aeroporto do Galeão passa por consulta pública
A nova concessão do Aeroporto do Galeão – RIOGaleão – está oficialmente em análise pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O processo foi aberto por meio da Consulta Pública nº 11/2025 e, portanto, inaugura uma etapa decisiva para o futuro do terminal internacional. Além disso, a proposta busca corrigir distorções da concessão atual e reposicionar o aeroporto no cenário da aviação brasileira.
Como será a nova concessão do Aeroporto do Galeão
O modelo proposto pela ANAC prevê a chamada venda assistida. Assim, a RIOgaleão, atual concessionária, poderá transferir suas responsabilidades a outro operador sem ruptura operacional. Dessa forma, evita-se tanto a encampação quanto a reestatização, que poderiam trazer riscos e custos ao Estado. Além disso, a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) garante mais segurança jurídica ao processo e maior atratividade para investidores.
Cronograma
O cronograma também foi definido para assegurar transparência. A audiência pública virtual ocorrerá em 14 de outubro de 2025, às 14h30, no canal da ANAC no YouTube. Já as contribuições escritas podem ser enviadas até 5 de novembro, às 18h. Além disso, quem desejar falar durante a audiência deverá se inscrever até 9 de outubro. Esse modelo reforça a participação social e amplia a legitimidade das decisões.
Importância da nova concessão
O Aeroporto Internacional Tom Jobim, inaugurado em 1977, já foi o principal hub de voos internacionais do Brasil. Contudo, perdeu protagonismo para Guarulhos e, em certos momentos, até para Viracopos. Isso ocorreu principalmente após a pandemia, quando a queda de demanda reduziu drasticamente sua relevância. Nesse sentido, a nova concessão representa a chance de recuperar competitividade, reposicionando o Galeão como porta estratégica para turismo e negócios no Rio de Janeiro.
Impactos esperados
Com a troca de operador, o governo espera atrair investimentos em infraestrutura, tecnologia e conforto. Além disso, há expectativa de maior conectividade internacional, especialmente para América do Norte, Europa e Ásia. O fortalecimento da malha doméstica também é considerado fundamental. Para companhias aéreas, o novo contrato pode reduzir riscos e, consequentemente, incentivar a ampliação de voos. Para a população, o impacto deve aparecer em mais opções de rotas, serviços aprimorados e geração de empregos.
Desafios
Apesar das expectativas positivas, a nova concessão do Aeroporto do Galeão exige soluções complexas. O contrato deve conciliar interesses privados com demandas sociais e econômicas do Rio de Janeiro. Além disso, os reguladores precisam definir metas de desempenho claras, garantindo equilíbrio financeiro e continuidade dos investimentos. Nesse sentido, qualquer falha poderá comprometer a confiança de investidores e usuários.
Outro ponto delicado envolve a relação com o Aeroporto Santos Dumont. Como sua malha influencia diretamente o Galeão, a falta de coordenação entre os dois terminais pode limitar resultados. Portanto, o governo precisa equilibrar a distribuição de voos, de forma a estimular a ocupação do Galeão sem prejudicar a aviação regional. Assim, a retomada do protagonismo do terminal dependerá tanto da modelagem contratual quanto da estratégia integrada entre os aeroportos do Rio.
O futuro da nova concessão do Aeroporto do Galeão
A consulta pública sobre a nova concessão do Aeroporto do Galeão não é apenas um ato formal. Na prática, trata-se de uma oportunidade para redefinir o papel do terminal no cenário global. Caso seja bem estruturada, a venda assistida poderá devolver relevância ao Galeão, atrair novas companhias aéreas e reforçar o turismo no Brasil. Portanto, o sucesso dependerá da transparência do processo, da capacidade de atrair investidores confiáveis e do comprometimento com o interesse público.
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