Um dos fatores mencionados com relação à improbabilidade ou mesmo impossibilidade de estabelecer contato direto com outras formas de vida avançadas no Universo é o de que levaria mais do que o período de uma vida humana para se chegar a outro sistema planetário, supondo-se que o nosso não tenha nenhum outro planeta habitado, onde a vida possa ter se desenvolvido.
Mas, se a pessoa puder viajar à velocidade da luz, o limite para a velocidade dos objetos materiais, atribuído a Einstein, então as viagens intergalácticas seriam possíveis dentro do nosso prazo de vida, certamente com estranhas modificações decorrentes da relação entre a velocidade de um objeto material e o tempo.
Por exemplo, se pudéssemos viajar para Alfa-Centauro à velocidade da luz, cerca de quatro anos e meio numa cápsula espacial, e depois voltar para a Terra, estaríamos nove anos mais velhos, mas descobriríamos que vinte e cinco anos teriam decorrido na Terra.
Essa relatividade da velocidade e do tempo pode ser ilustrada de maneira mais assombrosa quando considerarmos que, se fosse possível fazer uma viagem de ida e volta para Andrômeda, a galáxia mais próxima da nossa, essa viagem, à velocidade da luz, levaria 56 anos marcados pelo relógio no espaço da cápsula, embora os astronautas fossem descobrir, na volta, que a Terra envelhecera dois milhões de anos.
Essas suposições são limitadas pela velocidade da matéria, bem como a distância das estrelas remotas. Mas se a teoria de Albert Einstein quanto a curvatura do espaço for correta, e uma linha reta projetada no espaço se tornar um círculo? E se a própria matéria puder ser dissociada e reprojetada? Embora tais ideias pareçam ilógicas, não temos possibilidade de saber, a essa altura, quão avançadas em seu desenvolvimento científico estarão as civilizações mais antigas no cosmos (supondo que elas existem de fato).
Se não for uma questão de espaço cósmico, talvez nossas naves tenham entrado em outra dimensão e as naves estranhas tenham saído da mesma- um dos mundos dentro de mundos que poderão ocupar nosso universo ao mesmo tempo que nós, mas apenas coincidindo ocasionalmente, quando as condições são acidentalmente adequadas ou nas ocasiões em que se colocam, de propósito, num ponto ao qual poderíamos denominar de cruzamento.
PS1: A velocidade da luz no vácuo, simbolizada pela letra c, é, por definição, igual a 299.792. 458 metros por segundo. O símbolo c origina-se do latim ‘celeritas’, que significa velocidade ou rapidez de deslocamento.
PS2: Dados de Alfa-Centauro e Andrômeda obtidos da Comissão de Pesquisas Astronômicas da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Coluna de JPassarelli
Cmte. José Passarelli
Engenheiro Cívil
Professor Universitário
Instrutor de Navegação Aérea
Teoria de Voo
Aerodinâmica em Voo em Escolas de Aviação Civil
Escreve voluntariamente para o site AeroJota
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