Um sonho de criança estava sendo realçado em sua mente.
Era Dia dos Pais, e o piloto de helicóptero Marcelo Stella de Mello Ribeiro iria trabalhar.
Para não perder a data, convenceu seu pai, Luiz Carlos, a ir ver a Esquadrilha da Fumaça no aeroporto Campo de Marte em São Paulo. O evento não existia, como seu pai iria perceber logo mais. Era apenas uma desculpa. Naquele dia, Luiz Carlos ganhou do filho um passeio aéreo de meia hora. Foi a primeira vez que o engenheiro civil e sua esposa, Maria Cristina, voaram com o rapaz, que ainda serviu de guia, mostrando São Paulo do alto. Antes o casal acompanhava o filho à distância.
Funcionário da Helimarte Táxi Aéreo havia três anos. Marcelo costumava ligar para os pais, que moram numa cobertura às margens do rio Pinheiros, quando passava por ali. E os pais corriam para a janela para vê-lo cruzar os céus.
A vontade de voar vinha de criança, das brincadeiras com o irmão, Fernando, que faleceu em 1996, aos quatorze anos. Fechou-se após a perda, mas voltou a se soltar aos dezoito. Era muito ligado à família, de nove primos.
Decidiu ser piloto a partir da sugestão do pai. Formou-se em uma escola de piloto de helicópteros em Ipeúna-SP.
Na Helimarte, pilotou o Vermelhinho da Jovem Pan, usado pela rádio em suas coberturas, e sobrevoava linhas de alta tensão para inspeção. Esportista, gostava de surfar e esquiar. É descrito na seleção de obituários do jornal Folha de São Paulo como risonho e solícito. Para uma amiga de trabalho levava chocolates sempre que a achava tristonha.
Estava feliz no que fazia, contam os pais.
Em 21 de janeiro, o helicóptero que pilotava caiu em São Paulo. Marcelo foi o único a morrer. Tinha 29 anos. Há relatos de que ele teria evitado um acidente maior. E assim, o nosso piloto de helicóptero Marcelo Stella virou uma estrela no céu…
Coluna de JPassarelli
Cmdte. José Passarelli
Engenheiro Cívil
Professor Universitário
Instrutor de Navegação Aérea
Teoria de Voo
Aerodinâmica em Voo em Escolas de Aviação Civil
Escreve voluntariamente para o site AeroJota
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