Relembrando o caso da Air France que despencou sobre o Oceano Atlântico.
Onde estava o capitão?
O comandante do Airbus , A330-200 da Air France que despencou sobre o Oceano Atlântico anos atrás, matando seus 228 ocupantes, revelou o que aconteceu na cabine de comando nos minutos anteriores a tragédia. Em meio a uma tempestade severa no trajeto Rio de Janeiro-Paris do voo 447, o PA-Piloto Automático desacoplou-se, em consequência da perda de dados de velocidade, e os copilotos, que estavam no comando- o comandante, o francês Marc Dubois, se encontrava descansando numa cabine ao lado, como é de praxe em viagens muito longas-, não conseguiram estabilizar a situação. Sentindo que o avião lhes fugia ao controle, por várias vezes um dos copilotos chamou Dubois, que levou cinquenta segundos para retornar à cabine. Os relatórios sobre a caixas-pretas não determinam que esta demora tenha contribuído para o acidente.
Pois bem, meses atrás, a rede de de televisão americana ABC adicionou um nove elemento aos momentos finais do voo. Segundo duas fontes ouvidas pela reportagem da emissora, uma ex-aeromoça da Air France, Véronique Gaignard, que estava a bordo como passageira, seria namorada de Dubois. A ABC levanta a hipótese de que os dois estivessem juntos durante o descanso do comandante. Dubois tinha 58 anos e era casado, com dois filhos, Véronique tinha 51 e era solteira. Seis meses antes havia se desligado dos quadros da Air France para se dedicar as sua duas paixões: a pintura e o canto lírico. Ao tempo do acidente, tinha duas apresentações marcadas na agenda.
O diretor do BEA, órgão do governo francês encarregado da investigação de acidentes aéreos, diz que Véronique não consta dos relatórios da queda do A330-200 porque ‘não nos interessa a vida particular do piloto’. Também diz não acreditar que o ‘suposto namoro de Dubois com Véronique tenha contribuído de alguma forma para o acidente’. O fato do comandante do A330 ter uma namorada a bordo é mais um drama humano que se junta a tantos provocados pelo mergulho do avião no mar. A mulher do copiloto Pierre-Cedric Bonim também estava a bordo, deixando órfãos os dois filhos do casal, à época com 8 e 4 anos.
As conclusões sobre a o que aconteceu naquela noite fatídica jamais serão totalmente conhecidas, mesmo com o relatório final emitido sobre o voo 447.
Leia o Avião. Pilote o Manual.
Fique Vivo Comandante! Voe Padrão.
Coluna de JPassarelli.
Cmte José Passarelli:
Engenheiro Cívil;
Professor Universitário;
Instrutor de Navegação Aérea;
Teoria de Vôo e;
Aerodinâmica em Vôo em Escolas de Aviação Civil.
Escreve voluntariamente para o site AeroJota.