EUA pretendem apreender todos os aviões a disposição de Maduro na Venezuela.
Mais um avião da Venezuela apreendido.
Os Estados Unidos confiscaram, na última quinta-feira (6), um segundo avião presidencial venezuelano que estava na República Dominicana. A operação foi coordenada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, com autorização do Departamento de Justiça dos EUA. A medida faz parte das retaliações impostas ao governo de Nicolás Maduro, considerado um governo ilegítimo por Washington devido às eleições contestadas de 2024.
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A aeronave apreendida é um Dassault Falcon 200, utilizado frequentemente por Maduro e seus assessores do alto escalão em visitas diplomáticas a países aliados, como Rússia, Turquia e Cuba. Este é o segundo avião presidencial venezuelano confiscado em menos de seis meses.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a compra e o uso dessas aeronaves estão diretamente relacionados às atividades financeiras que violam as restrições internacionais impostas contra a Venezuela, que incluem bloqueios a fundos estatais e negócios envolvendo o petróleo venezuelano. “Não permitiremos que o regime de Maduro contorne as avaliações utilizando recursos adquiridos de forma ilegal”, afirmou Rubio em entrevista coletiva.
Resposta do governo venezuelano
O governo de Maduro respondeu rapidamente ao ocorrido, classificando a apreensão como um “roubo descarado” e acusando os EUA de prática imperialista. Em nota oficial, Caracas declarou que a apreensão foi “orquestrada por Marco Rubio para desestabilizar a soberania do país e saquear seus ativos”. A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, pediu o apoio de aliados internacionais, incluindo Rússia e China, para denunciar o que chama de um ataque ilegal ao patrimônio do país.
Implicações nas relações EUA-Venezuela
A apreensão marca mais um capítulo no histórico conturbado entre os dois países. As relações diplomáticas, já deterioradas desde 2019, pioraram significativamente após as eleições de 2024, quando Maduro foi reeleito em meio a denúncias de fraude eleitoral. A falta de transparência no processo, especialmente a ausência de atas que comprovassem a legalidade dos votos, só pioraram a relação entre os dois países.
Além disso, analistas políticos apontam que a apreensão só reforça a postura linha-dura dos EUA, mas também indica a dificuldade de impor pressão mais efetiva sobre Maduro, considerando especialmente os laços econômicos da Venezuela com Rússia, Irã e China. No entanto, há sinais de tentativas de diálogo: recentemente, representantes norte-americanos reuniram-se com Maduro para discutir questões como imigração e libertação de prisioneiros políticos, resultando na libertação de seis cidadãos americanos detidos em Caracas.
Ação internacional e possíveis desdobramentos
Especialistas avaliam que novas apreensões ou medidas restritivas podem surgir nos próximos meses, dependendo da escalada do conflito. “Este tipo de ação não só reforça a pressão econômica, mas também tem impacto na imagem de Maduro perante os seus aliados. Se houver dificuldade de manter viagens diplomáticas seguras, a sua capacidade de articulação internacional pode ser enfraquecida”, afirmou um analista de relações internacionais ao The Aviation Times .
A apreensão do avião Falcon 200 levanta uma questão sensível para o governo venezuelano: como sustentar suas operações e a presença internacional sem o suporte logístico oferecido por suas agências oficiais.
Com uma disputa crescente entre apreensões e resistência, o avanço desse debate poderá definir os rumores da política externa da Venezuela nos próximos anos.
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