Uso de verba pública no fretamento de aeronaves por parlamentares dispara em 2025
Câmara e Senado ampliam o uso de aeronaves alugadas com recursos públicos
Parlamentares utilizam dinheiro público para fretamento de aeronaves com frequência crescente. Enquanto isso, apenas nos seis primeiros meses de 2025, a Câmara dos Deputados já reembolsou mais de R$ 458 mil em locações de aviões. Esse montante, portanto, corresponde exclusivamente aos deputados. Embora o Senado também autorize esse tipo de gasto, os dados atualizados ainda não estão disponíveis no Portal da Transparência, o que dificulta o controle público e limita a fiscalização.
Em 2024, reembolso de combustível para jatinhos bateu recorde
Dados da Câmara revelam que, entre janeiro e outubro de 2024, os deputados reembolsaram R$ 785 mil em combustível para jatos executivos. Esse foi o maior valor da série histórica iniciada em 2008. Em 2025, apenas com aluguel de aeronaves, a marca já ultrapassa a metade do total anterior. A tendência é de que os números atuais superem os de 2024.
Senado Federal reembolsa voos, mas falta transparência nos dados
A regulamentação do Senado permite o reembolso por transporte aéreo não regular. No entanto, os dados disponíveis ao público não detalham os valores, os trechos percorridos nem os nomes dos parlamentares. Essa ausência de transparência compromete a fiscalização e impede uma comparação direta com os números da Câmara.
Frotas da FAB paradas devem impulsionar ainda mais os gastos
Estima-se que os gastos com fretamento de aeronaves aumentem consideravelmente ao longo de 2025. A Força Aérea Brasileira, principal fornecedora de aviões executivos para autoridades, enfrenta cortes severos no orçamento. Muitas aeronaves permanecem paradas por falta de manutenção. Além disso, há alerta sobre a possível falta de combustível nos próximos meses. Com isso, autoridades devem recorrer com mais frequência a aeronaves alugadas, aproveitando a comodidade de viajar com exclusividade, sem filas, fiscalização ou contato com eleitores insatisfeitos.
Exemplos de uso luxuoso de recursos públicos
Em outubro de 2024, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), então pré-candidato à presidência da Câmara, utilizou um jatinho fretado por R$ 110 mil com destino a Belém. A viagem foi custeada com recursos do Fundo Partidário para participar da festa de 80 anos do senador Jader Barbalho. A utilização de verba pública para um evento privado gerou repercussão negativa e motivou a abertura de investigação pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Já a deputada Magda Moffatto (PL-GO) reembolsou R$ 5.900 pelo pernoite de um helicóptero. Em 2024, ao menos 18 deputados gastaram R$ 820 mil com jatinhos, sendo que dez deles utilizaram aeronaves próprias abastecidas com recursos da cota parlamentar.
Estados também concentram denúncias de fretamento
Parlamentares do Amazonas gastaram mais de R$ 73 mil com aluguel de aeronaves apenas no primeiro semestre de 2025. A prática também se repete em estados como Paraná, Goiás e Piauí, onde políticos utilizam aeronaves de aliados e solicitam reembolso de combustível. Enquanto isso, a população convive com filas no SUS, estradas em ruínas e escolas sem estrutura.
Parlamentares utilizam dinheiro público para fretamento de aeronaves
O levantamento revela que parlamentares utilizam dinheiro público para fretamento de aeronaves de forma cada vez mais frequente. Em 2025, os reembolsos da Câmara já superam a metade do total registrado em 2024. No Senado, a falta de clareza dificulta qualquer avaliação. A crise operacional da FAB deve ampliar ainda mais essa prática, que escancara o abismo entre os privilégios da classe política e a realidade da maioria da população brasileira.
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