Tradição de 80 anos da Aviação de Caça é registrada como patrimônio cultural da FAB
INCAER registra “Picadinho Jesus Está Chamando” como patrimônio imaterial da Aviação de Caça
O Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), no Rio de Janeiro–RJ, registrou o tradicional encontro “Picadinho Jesus Está Chamando” como Bem Cultural Imaterial da Força Aérea Brasileira (FAB). O ato reforça o valor histórico e simbólico dessa celebração, mantida há mais de 80 anos pela Aviação de Caça. Assim, a tradição expressa identidade, espírito de corpo e continuidade das práticas que moldaram a história da Força Aérea.
Tradição criada durante a Segunda Guerra Mundial
A origem do “Picadinho” remonta a 6 de outubro de 1944, quando militares do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) chegaram à Itália para apoiar o esforço aliado na Segunda Guerra Mundial. Naquele contexto, as missões exigiam coragem e união. Por isso, os pilotos começaram a se reunir antes de cada operação, fortalecendo, assim, o moral da tropa e o espírito de equipe. Com o tempo, esses encontros se tornaram momentos de confraternização que criaram laços duradouros de confiança e amizade entre os combatentes.
Depois do término da guerra, os veteranos trouxeram o costume para o Brasil. Desde então, o encontro ocorre todos os anos e simboliza a união entre gerações de aviadores. Com o tempo, essa tradição passou a representar a força da camaradagem construída nos campos de batalha e mantida até hoje na Aviação de Caça.
Registro e preservação da memória aeronáutica
O INCAER conduziu o processo de inclusão do “Picadinho Jesus Está Chamando” no Cadastro de Bens Culturais Imateriais da FAB. Ao mesmo tempo, a iniciativa integrou um conjunto de ações que visam preservar a memória e as tradições da Aeronáutica. Graças a esse trabalho, o registro foi concluído com sucesso e agora a Força garante a continuidade de uma das manifestações culturais mais antigas e respeitadas da aviação militar brasileira.
Com esse reconhecimento, a instituição valoriza princípios que definem a Aviação de Caça, como lealdade, coragem, disciplina e companheirismo. Além disso, o ato reafirma o compromisso da FAB com a preservação do patrimônio histórico e cultural. Por fim, reforça a importância de manter vivas as tradições que inspiram as futuras gerações de aviadores.
O reconhecimento valoriza princípios que definem a Aviação de Caça, como lealdade, coragem, disciplina e companheirismo. Além disso, demonstra o compromisso institucional com a preservação do patrimônio histórico e cultural da FAB. Por esse motivo, o ato reforça a importância de manter vivas as tradições que inspiram as futuras gerações de aviadores.
Encontro tradicional mantém viva a herança da Aviação de Caça
O evento ocorre no Clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, e reúne pilotos de caça de diferentes gerações. A cada edição, o encontro fortalece o vínculo entre os profissionais que compartilham a mesma origem operacional. Assim, o lema histórico “Senta a Púa!” continua ecoando como símbolo máximo do orgulho e da coragem da Aviação de Caça.
Na edição de 2025, realizada em 11 de outubro, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, entregou pessoalmente ao Brigadeiro do Ar Reformado Teomar Fonseca Quírico, presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Caça (ABRA-PC), a Portaria de Aprovação do Cadastro. O documento aparece no Boletim do Comando da Aeronáutica (BCA), junto com o Relatório de Pesquisa elaborado pelo INCAER. Assim, a medida consolidou oficialmente o reconhecimento do evento como bem cultural da Força Aérea Brasileira.
Fonte: INCAER, por Tenente Costa
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Wanessa Liz
Fotos: INCAER
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