Aviação

Por que os aviões Comerciais da Boeing têm sempre números começando e terminando com 7?

A fabricante de aviões comerciais Boeing adota um sistema de numeração específico para seus aviões comerciais, reconhecido mundialmente. Esse sistema é composto por uma sequência de 3 números que começa e termina com o dígito ‘7’. O primeiro ‘7’ é um indicativo de que o modelo em questão é destinado ao uso comercial e opera com motores a turbina, o que distingue esses aviões de outras aeronaves, como as militares. Por sua vez, o segundo dígito da sequência correlaciona-se à série particular a que o modelo pertence.

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Por exemplo, o Boeing 707, um dos primeiros e mais icônicos aviões comerciais da fabricante, foi introduzido na década de 1950. Com sua capacidade para atender longas distâncias, o Boeing 707 estabeleceu novos padrões na aviação, servindo como um divisor de águas no que tange ao transporte aéreo comercial. Seguindo a sequência, veio o Boeing 727 um modelo popular ao longo dos anos setenta, com uma configuração de três motores que lhe conferia um desempenho notável em pistas menores.

A linha de modelos Boeing 737, lançada inicialmente em 1967, se tornou uma das mais bem-sucedidas na história da aviação comercial, destacando-se pelas variantes que atendem diferentes mercados, desde voos curtos até operações de maior capacidade. Os números subsequentes, como 747, 757, 767 e 787, continuam a manter essa convenção, sempre começando e terminando com ‘7’. O futuro 797 é aguardado com expectativa, pois promete ampliar ainda mais a gama de opções de transporte aéreo. Este sistema de numeração não apenas ajuda a identificar os aviões, mas também reflete a evolução da engenharia aeronáutica ao longo do tempo.

Mesmo começando com o número “7” e terminando com o número 7, a família de um determinado modelo de avião, quando passa por melhorias ou atualizações, ganham um número que remete a “centena”, sem a necessidade de ser criado uma nova geração. Exemplo quando tem melhorias ou atualizações. Boeing 727-100, Boeing 727-200, Boeing 737-100, Boeing 737-200, Boeing 737-300, Boeing 737-400, Boeing 737-500, e assim sucessivamente até chegar no 737-900MAX

Pode também existir o acréscimo de letras após a centena: Exemplo Boeing 737-800NG (Next Generation – Próxima Geração) ou Boeing 767-400ER (Extended Range – Longa Distância), ou 737-700SFP (Short Field Performance – Desempenho em pistas curtas), dentre várias outras, para aviões de passageiros e de carga.

A numeração dos aviões da Boeing, que sempre inicia e termina com o número “7”, é um exemplo notável de como o marketing pode influenciar a identidade de uma marca. Este simples, mas estratégico, formato numérico não é apenas uma convenção; ele desempenha um papel crucial na construção da percepção pública em relação aos produtos da empresa. O uso do número “7” tem raízes históricas, sendo considerado um número de sorte em várias culturas, o que pode contribuir para associações positivas entre os consumidores e os modelos de aeronaves.

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A escolha de manter o número “7” como um dos extremos da numeração dos modelos Boeing visa criar uma identidade de marca forte e reconhecível. Quando os consumidores veem um avião como o Boeing 747 ou o 787, a familiaridade com o numeral “7” fornece um senso de continuidade e de confiabilidade. Essa estratégia não é meramente estética; ela é uma parte vital da maneira como a Boeing se posiciona no mercado aeronáutico. Em um setor tão competitivo, onde a confiança e a segurança são primordiais, a numeração coesa ajuda a promover a capacidade da Boeing de ser uma líder de indústria.

Além disso, o impacto da escolha da numeração se estende para aspectos da psicologia do consumidor. O número “7” é frequentemente associado à excelência e qualidade em várias esferas, e ao adotá-lo como parte da identidade de seus produtos, a Boeing alavanca essa conotação positiva. Isso resulta em um maior reconhecimento e, consequentemente, pode influenciar decisões de compra de companhias aéreas e, por extensão, do público geral. Ao fim, a conexão entre a numeração dos modelos e a percepção de mercado revela que cada detalhe foi meticulosamente pensado com vistas ao marketing estratégico.

A Boeing, fundada em 1916 por William E. Boeing, na cidade de Seattle, no estado de Washington-EUA e iniciou suas atividades no setor da aviação com a fabricação de hidroaviões. A empresa rapidamente ganhou notoriedade, especialmente durante a Primeira Guerra Mundial, ao fornecer aeronaves militares para o esforço bélico. Contudo, foi na Segunda Guerra Mundial que a Boeing se consolidou como uma gigante da aviação, produzindo aviões icônicos como o B-17 Flying Fortress e o B-29 Superfortress. A demanda por aeronaves militares impulsionou o crescimento e solidificou a reputação da empresa no mercado de defesa.

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Após o término da guerra, a Boeing enfrentou um cenário desafiador, pois a necessidade de aeronaves militares diminuiu acentuadamente. Muitas empresas enfrentaram dificuldades financeiras, e a incerteza sobre o futuro da aviação civil alimentou preocupações sobre a viabilidade da Boeing. Foi nesse contexto que a empresa decidiu diversificar suas operações e mirar no crescente mercado de aviação comercial. A transição não foi fácil, mas a Boeing, reconhecendo o potencial da aviação comercial, iniciou investimentos significativos no desenvolvimento de aeronaves a jato, uma inovação que prometia revolucionar a indústria.

A introdução do Boeing 707 em 1958 marcou um ponto de virada significativo. Este modelo, um dos primeiros jatos comerciais, não apenas atendeu à crescente demanda por viagens aéreas, mas também estabeleceu um novo padrão de eficiência e conforto. Além disso, a nova estratégia da empresa, que incluía a nomenclatura baseada no número sete, se tornou um símbolo de sua identidade no setor. A numeração que começa e termina com sete não é meramente estética; ela representa a nova era da Boeing e sua dedicação em proporcionar inovação e confiabilidade na aviação comercial.

A Boeing, reconhecida globalmente pelo design e fabricação de aeronaves, adota um sistema de numeração que segue a lógica de começar e terminar com o número sete. No entanto, existem algumas exceções interessantes que merecem destaque. Um exemplo notável é o Boeing 720, que foi uma variante derivada do Boeing 707, destinado principalmente para rotas de curto alcance. A numeração 720, de certa forma, quebra a sequência tradicional, pois o número final é um zero. Esta configuração foi escolhida para diferenciar a nova aeronave, que apresentava características específicas para atender a um nicho de mercado distinto.

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Outro caso intrigante é o Boeing 717, que se destaca por pertencer à classe de pequenas aeronaves regionais. Originalmente, o 717 era conhecido como McDonnell Douglas MD-95, tendo sido renomeado após a fusão entre a McDonnell Douglas e a Boeing. A escolha do número 717, embora consoante com a estrutura de numeração da Boeing, também sugere uma conexão com a linha de produção da empresa, reafirmando sua continuidade no mercado de aviação. Além disso, este modelo é frequentemente associado a voos regionais e é bastante apreciado por sua eficiência em operar em aeroportos menores.

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Fora dessas exceções, existem outras peculiaridades no universo da Boeing que ampliam o fascínio entre os entusiastas da aviação. Por exemplo, a numeração dos modelos muitas vezes reflete o desenvolvimento tecnológico e as inovações de design que cada aeronave trouxe ao mercado. Essas distinções e peculiares abordagens na nomenclatura ressaltam a rica história da Boeing e sua influência no setor de aviação mundial, criam um laço mais forte entre as aeronaves e aqueles que admiram a arte da aviação.

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