Pouso de emergência de caça bombardeio F-35B britânico no Japão levanta preocupações
Problema técnico força pouso de emergência de caça bombardeio F-35B britânico no Japão
Na manhã de 10 de agosto de 2025, um caça bombardeio F-35B Lightning II da Força Aérea Real Britânica precisou fazer um pouso de emergência no Aeroporto de Kagoshima, no sudoeste do Japão. O piloto relatou um possível problema técnico durante o voo, enquanto operava a partir do porta-aviões HMS Prince of Wales.
A aterrissagem ocorreu por volta das 11h30, no horário local, e foi concluída com segurança. Logo após o pouso, a aeronave seguiu para a pista de táxi para inspeção. Dessa forma, a pista principal permaneceu fechada por cerca de 20 minutos, causando atrasos em seis voos comerciais. Apesar do transtorno, não houve feridos e o tráfego foi normalizado rapidamente.
Parte de missão estratégica no Pacífico Ocidental
O Ministério da Defesa do Japão informou que o caça integra o grupo de ataque do HMS Prince of Wales. A embarcação está destacada no Pacífico Ocidental para a Operação Highmast, que envolve exercícios conjuntos com as Forças de Autodefesa do Japão, a Marinha dos Estados Unidos e outros aliados regionais. As atividades devem prosseguir até 12 de agosto.
Além disso, o incidente também recebeu cobertura crítica de mídias estatais chinesas e russas, que aproveitaram o episódio para questionar a confiabilidade do F‑35B em missões de longa duração
Histórico recente de problemas técnicos
O pouso de emergência acontece menos de dois meses após um incidente semelhante envolvendo outro F-35B britânico. Em junho, uma aeronave precisou pousar na cidade de Kerala, na Índia, devido a uma falha hidráulica. O caça ficou no solo por mais de um mês. Com isso, aumentaram as preocupações sobre a prontidão da frota britânica, especialmente em operações distantes de bases no Reino Unido.
Dados preocupantes sobre a disponibilidade da frota
Relatórios do National Audit Office (NAO) mostram que a frota britânica de F-35B atinge apenas um terço das metas de capacidade plena de missão do Ministério da Defesa. A taxa de disponibilidade fica em torno de 50%, bem abaixo do esperado. Essa limitação decorre da escassez de peças de reposição, da falta de engenheiros e pilotos qualificados e de problemas de corrosão associados às operações navais.
Além disso, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirma que a questão é global. No ano fiscal de 2023, a disponibilidade média da frota F-35 foi de 51%, distante da meta de 65%. Entre as principais causas estão falhas de software, dificuldades logísticas e prazos longos para a conclusão de reparos.
Complexidade técnica e custos elevados
O F-35B é a versão de decolagem curta e pouso vertical (STOVL) do programa Joint Strike Fighter, desenvolvido pela Lockheed Martin. O projeto permite operar a partir de porta-aviões e navios de assalto anfíbio, integrando tecnologia furtiva, fusão de sensores e capacidade de guerra em rede.
No entanto, apesar dessas capacidades avançadas, a aeronave apresenta alta complexidade técnica e custos elevados de manutenção. Com dois incidentes em menos de 60 dias no Indico-Pacífico, cresce a pressão para que o Reino Unido assegure a plena prontidão de seu principal caça de combate.
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