Primeiros caças F-16 chegam à América do Sul ainda este ano
F-16 iniciam novo capítulo na defesa de país sul-americano
Um país da América do Sul se prepara para reforçar sua Força Aérea com a chegada dos primeiros caças F-16 em dezembro. O lote inicial terá seis aeronaves: quatro monopostos F-16A e dois bipostos F-16B. O translado será feito por via aérea entre 1º e 15 de dezembro de 2025, com escalas estratégicas para reabastecimento em solo programadas. Autoridades militares acompanham o processo e destacam que o programa representa modernização da frota e treinamento dos pilotos nacionais.
Após o transporte, os caças irão para uma base aérea no interior do país. Esse local passa por melhorias em pistas, hangares e centros de instrução, garantindo condições para receber a nova frota. Além da chegada física dos aviões, oficiais também trabalham em programas de integração e adaptação operacional. O objetivo é que os pilotos nacionais possam, gradualmente, assumir missões complexas com a aeronave. Esse processo inclui treinamento conjunto com militares estrangeiros e uso de simuladores de alta tecnologia.
Expansão da frota e novos investimentos
Além das seis aeronaves iniciais, outras 18 F-16 devem ser entregues nos próximos anos. Dessa forma, o pacote totalizará 24 caças adquiridos de um parceiro europeu. O contrato inclui não apenas os jatos, mas também simuladores de voo, equipamentos de apoio e armamentos modernos. Entre eles estão mísseis de curto e médio alcance, que ampliarão a capacidade de combate da Força Aérea.
Também está em estudo a compra de reabastecedores KC-135R. Isso porque os KC-130H atuais não são compatíveis com o sistema de lança usado pelos F-16. Assim, a atualização logística será essencial para explorar todo o potencial da nova frota. Outro aspecto importante é o impacto político dessa aquisição. A negociação fortalece a parceria do país com aliados ocidentais e afasta, pelo menos temporariamente, propostas de aeronaves de origem russa, indiana ou chinesa. Esse posicionamento estratégico influencia diretamente a geopolítica da região.
Chegou a vez da Argentina avançar com os F-16
A Argentina convivia com um parque aéreo envelhecido, já que os Mirage foram aposentados e os A-4AR estavam frequentemente inoperantes. Agora, aposta nos F-16 para recuperar a capacidade defensiva aérea. O país adquiriu 24 aeronaves de quarta geração da Dinamarca, com ajuda e aval dos EUA. As seis primeiras devem chegar entre 2025 e 2026, em um movimento que busca substituir modelos antigos e, ao mesmo tempo, complementar a frota com caças modernos.
Além disso, o governo argentino solicitou a compra de dois KC-135R dos Estados Unidos. Essa aquisição aumentará o alcance das missões, já que os KC-130H não podem abastecer os F-16. Assim, o país dá um salto estratégico para recuperar sua dissuasão aérea e se reposicionar no cenário regional. Com a modernização, a Argentina espera retomar um papel mais relevante dentro do Cone Sul. O fortalecimento de sua aviação de caça reforça a capacidade de vigilância de fronteiras e de defesa do espaço aéreo, temas sensíveis diante de pressões econômicas e disputas territoriais históricas.
Modernização na América do Sul enquanto a FAB estaciona
A modernização do poder aéreo avança entre vizinhos da Argentina. O Chile, por exemplo, opera mais de 40 F-16, muitos já atualizados no padrão MLU. Esse diferencial garante vantagem tecnológica sobre os F-5EM brasileiros. O Peru confirmou a compra de 24 Gripen E/F da Saab, avaliados em US$ 3,5 bilhões. O objetivo é substituir seus antigos Mirage 2000 e MiG-29. A Colômbia segue caminho semelhante e escolheu o Gripen E/F para renovar sua frota.
Enquanto isso, a Força Aérea Brasileira enfrenta cortes severos. Os AMX A-1M começam a ser desativados após décadas de serviço, sem reposição imediata. Além disso, os F-5EM se aproximam do fim da vida útil. Mesmo o programa dos A-29 Super Tucano sofre com a modernização, falta de combustível e manutenção. Para completar, o projeto Gripen F-39E enfrenta atrasos e incertezas por falhas de pagamento. Nesse cenário, com caças veteranos deixando a ativa e novos modelos ameaçados, a FAB corre risco de perder sua superioridade aérea justamente quando os vizinhos aceleram suas modernizações.
Esse contraste gera preocupação entre especialistas em defesa. Enquanto países vizinhos ampliam capacidades e consolidam alianças estratégicas, o Brasil pode comprometer não apenas sua posição regional, mas também a própria segurança de seu espaço aéreo.
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