Mísseis russos derrubaram Embraer 190 da Azerbaijan Airlines, confirma Putin
Queda do Embraer 190 no Cazaquistão foi causada por mísseis russos, diz Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu nesta quinta-feira (9) que mísseis russos provocaram a queda do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines, em 25 de dezembro de 2024. O acidente deixou 38 mortos e 29 sobreviventes. Dessa forma, o governo russo encerra meses de versões contraditórias sobre o caso.
Voo desviou rota após falhas e caiu no Cazaquistão
O voo AZAL 8243 partiu de Baku, no Azerbaijão, com destino a Grozny, na Chechênia. Entretanto, após detectar falhas nos sistemas de controle, a tripulação desviou para Aktau, no Cazaquistão. Durante a aproximação, a aeronave perdeu estabilidade e caiu a poucos quilômetros do aeroporto local.
Segundo Putin, as defesas russas haviam lançado mísseis Pantsir-S1 contra alvos suspeitos — provavelmente drones ucranianos. Porém, os projéteis explodiram próximos à fuselagem do jato e danificaram seus sistemas hidráulicos, o que resultou na perda total de controle.
Relatórios técnicos confirmaram explosões externas e danos estruturais
De acordo com laudos divulgados por autoridades do Cazaquistão e da OACI, fragmentos metálicos foram encontrados na fuselagem e nas asas do avião. Além disso, análises de radar indicaram detonações no espaço aéreo russo, minutos antes do colapso dos controles.
Por semanas, o Kremlin tentou afastar suspeitas e apresentou explicações alternativas, como colisão com aves e falha de manutenção. No entanto, imagens de satélite publicadas por veículos internacionais mostraram rastros térmicos de lançamento de mísseis, o que reforçou a versão militar.
Putin promete punição e reparação às famílias das vítimas
Durante reunião com o presidente Ilham Aliyev, Putin reconheceu o erro operacional e prometeu indenizações. O líder russo também anunciou mudanças nos protocolos de engajamento de mísseis e reforço na comunicação entre forças armadas e aviação civil.
Ainda segundo o Kremlin, o disparo ocorreu após confusão nos radares de Grozny, que teriam interpretado o Embraer 190 como um veículo não tripulado. Por isso, novos mecanismos de verificação e coordenação estão sendo implementados em regiões de risco.
Indústria e autoridades internacionais reagem ao incidente
A Embraer lamentou o ocorrido e colocou sua equipe técnica à disposição para colaborar com as investigações. A empresa brasileira destacou que o modelo E190 possui excelente histórico de segurança e raros registros de falhas estruturais.
Enquanto isso, especialistas em aviação reforçam que o episódio repete o padrão de outros acidentes provocados por defesas aéreas, como o voo PS752, abatido no Irã em 2020, e o voo MH17, derrubado na Ucrânia em 2014. Ambos resultaram em novas normas de segurança internacional.
Queda do Embraer 190 reacende debate sobre segurança aérea global
A admissão russa reacende a discussão sobre a vulnerabilidade de voos civis em áreas de conflito. Por esse motivo, a OACI e a ONU pedem a criação de zonas de exclusão mais amplas e protocolos conjuntos entre países para prevenir novos incidentes.
O relatório final deve ser divulgado até dezembro de 2025, com foco em erros de comunicação e falhas humanas. Até lá, o caso serve de alerta para companhias aéreas e governos sobre a necessidade de separar operações civis de ações militares.
Quer levar um pedacinho da história da aviação para casa? Confira o Classificados Aeronáutico AEROJOTA com souvenirs, colecionáveis e decorativos exclusivos. Acesse agora: www.aerojota.com.br e descubra raridades que fazem qualquer apaixonado por aviação decolar de emoção!