Queda do Boeing 787 da Air India: o que já se sabe
Autoridades confirmam primeira morte em solo e resgate segue em Meghani Nagar
A queda do Boeing 787 da Air India segue mobilizando autoridades e especialistas em diversos países. As últimas atualizações revelam novos dados sobre as vítimas, a investigação e o impacto técnico causado pelo acidente. Equipes de resgate continuam atuando no bairro de Meghani Nagar, onde o Boeing 787-8 Dreamliner colidiu com um prédio que funcionava como residência de médicos da universidade local. Até agora, os socorristas recuperaram mais de 200 corpos, incluindo vítimas que estavam dentro do edifício atingido.
Além disso, o ministro da Saúde declarou que dezenas de estudantes ficaram feridos. Segundo ele, várias pessoas em solo não resistiram aos ferimentos, ampliando a gravidade do acidente para além dos ocupantes da aeronave.
Comunidade local relata perdas e pede melhorias no entorno do aeroporto
Moradores de Meghani Nagar relataram momentos de pânico logo após a queda da aeronave. De acordo com relatos colhidos por equipes de resgate, muitos estavam em casa quando ouviram o estrondo seguido das chamas.
Além disso, vizinhos da área atingida organizaram grupos de apoio para auxiliar os feridos e identificar os desaparecidos. Até o momento, ao menos cinco vítimas em solo foram identificadas, incluindo um médico residente e dois estudantes que estavam no prédio de alojamento.
Portanto, a tragédia também reacendeu discussões sobre a densidade populacional ao redor do aeroporto de Ahmedabad e os riscos operacionais em áreas residenciais.
Piloto experiente e gravidade inédita no modelo Dreamliner
O avião estava sob o comando do Capitão Sumeet Sabharwal, com mais de 8.200 horas de voo, e do Primeiro Oficial Clive Kundar, com cerca de 1.100 horas. Esse acidente é o primeiro com fatalidades envolvendo um Boeing 787 Dreamliner, modelo premiado por segurança e eficiência desde 2011.
“Mayday” foi declarado a 625 pés: detalhes do último contato
O voo AI 171 partiu às 13h39 (IST) da pista 23 do aeroporto de Ahmedabad. Poucos segundos depois, o piloto declarou a emergência com um “mayday”, sinalizando uma situação crítica.
No entanto, o contato foi interrompido quando a aeronave atingiu cerca de 625 pés (aprox. 191 m), de altitude. As imagens captadas por câmeras locais mostram o avião subindo com o trem de pouso ainda estendido, seguido por uma queda abrupta e uma explosão ao atingir o solo.
Próximos passos envolvem análise da caixa-preta e possíveis ações operacionais
Nas próximas semanas, autoridades priorizarão a análise da caixa-preta, das gravações do cockpit e dos dados dos motores. Essas informações serão cruciais para entender o que levou à perda de controle logo após a decolagem.
Além disso, especialistas já levantaram a hipótese de que o trem de pouso estendido possa indicar uma falha no procedimento de subida, embora essa possibilidade ainda dependa de verificação técnica.
Com base nas conclusões preliminares, a DGCA poderá recomendar ajustes operacionais ou emitir novas diretrizes para voos com o Boeing 787.
Mercado reage: ações da Boeing e GE em queda
Repercutindo no mercado, as ações da Boeing caíram cerca de 4 e 7% nas bolsas americanas, refletindo preocupação com a reputação do modelo 787. Até o momento, nenhuma autoridade implementou restrições ao modelo.
Contudo, os investidores seguem cautelosos, aguardando as conclusões iniciais da investigação. Por ora, o cenário é de observação atenta, especialmente diante da possibilidade de impacto na confiança do setor.
Próximos passos: análise técnica e transparência
Nas próximas semanas, a análise da caixa-preta, gravações de voz do cockpit e dados dos motores será priorizada. Especialistas alertam que a presença do trem de pouso estendido sugere algum problema durante a subida, mas isso ainda é conjectura. Com base nisso, a DGCA poderá determinar recomendações para o 787 ou ações corretivas operacionais.
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