A serenidade do Cmte Ferrari e a força de quem vive para voar
Acidente leve com RV-8 de Cmte Ferrari durante apresentação aérea no Musal – RJ
Exatamente há uma semana, no dia 18 de maio de 2025, o Coronel Aviador Ferrari — conhecido por muitos como Cmte Ferrari — enfrentou um momento delicado durante o evento “Dia Internacional dos Museus”, no Museu Aeroespacial (MUSAL), no Rio de Janeiro. Em plena demonstração de acrobacia aérea com sua aeronave RV-8, algo ainda não totalmente esclarecido fez com que o avião perdesse altitude, tocando a pista e saindo lateralmente até parar sobre a grama.
O susto foi grande, mas a reação do comandante foi ainda maior. Ele saiu do cockpit do seu avião e caminhou, recusou atendimento médico imediato e, com serenidade, dirigiu-se ao público para agradecer o carinho e tranquilizá-los. Dias depois, publicou em suas redes sociais uma poderosa mensagem de reflexão — um relato humano, inspirador e repleto de significado para todos os que vivem o sonho de voar.

A serenidade do Cmte Ferrari e a força de quem vive para voar
Na mesma tarde do incidente, Ferrari demonstrou não apenas domínio técnico, mas também controle emocional. Acompanhado por duas médicas da Força Aérea Brasileira, ele andou calmamente até a grade de proteção, acenou ao público e demonstrou gratidão pelo apoio recebido. A cena comoveu a plateia, que respondeu com aplausos de alívio.
Mais tarde, em sua rede social, o comandante escreveu:
“Para mim, não importava o avião, mas sim a responsabilidade do momento, o fato de que, do outro lado, havia organizadores, público e colegas que acreditaram em mim.”
Essa frase resume com precisão o espírito de quem leva a aviação como missão — com coragem, entrega e humildade diante do inesperado.
Reflexão em voz alta: entre o sonho de voar e o dever de pausar
Ao compartilhar sua reflexão, o Cmte Ferrari expôs de forma tocante os dilemas que todo aviador enfrenta. Reconheceu que voar em eventos aéreos exige planejamento, preparo e respeito pelos riscos, mas destacou que ninguém é senhor da verdade. “O obscuro sempre está de plantão”, disse ele, em referência à imprevisibilidade que ronda cada voo.
Com mais de 50 anos de jornada nos céus, o Cmte Ferrari também questionou se esse seria o momento de parar ou de continuar sonhando. “Voar é um sonho. E, se assim for, preciso me sujeitar ao inevitável…” A dúvida fica no ar, como parte do processo de maturidade e autocuidado que todo grande piloto precisa atravessar.
Cmte Ferrari: símbolo da aviação brasileira que inspira gerações
Membro da icônica turma da EPCAR 72 e AFA 78, o Cmte Ferrari já impactou incontáveis vidas nos céus do Brasil. Com sua aeronave de acrobacia aérea RV-8, percorre festivais, encontros e shows aéreos em diversas regiões do país, sempre com o mesmo entusiasmo. Seu legado ultrapassa o domínio técnico: representa inspiração para jovens pilotos e paixão genuína pela arte de voar.
Não à toa, sua possível pausa das apresentações já provoca comoção entre colegas e entusiastas. Afinal, Ferrari é mais que um piloto — é uma referência, um elo entre a tradição da aviação e os novos voos que ainda virão.
Em pausa ou voando, a torcida pelo Cmte Ferrari continua
Por enquanto, não há confirmação sobre o retorno do Cmte Ferrari aos eventos aéreos. No entanto, sua mensagem pública reforça que, mesmo em solo, ele segue influenciando e ensinando. Se voltar, como ele mesmo diz, será no “melhor estilo”. Se não, sua presença já está garantida em cada coração tocado por sua história.
Seja qual for o desfecho, o Cmte Ferrari continuará a nos lembrar — com palavras, gestos e voos — que a aviação é feita de emoção, entrega e humanidade.
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