FAA e Boeing asseguram segurança do switch de combustível após queda do 787 da Air India
Investigação inicial aponta acionamento de switches de combustível como causa provável do acidente
A segurança do switch de combustível do 787 voltou a ser discutida após a queda do voo AI171 da Air India. A aeronave caiu segundos após a decolagem em junho de 2025, matando 260 pessoas e ferindo outras 68. Segundo o relatório preliminar do Aircraft Accident Investigation Bureau AAIB indiano, os switches de controle de fluxo de combustível foram acionados logo após a decolagem, o que desligou os motores e levou à perda de velocidade e sustentação.
Relatório indica corte dos motores por falha ou interferência
Segundo os dados da investigação, os dois switches que interrompem o fornecimento de combustível foram ativados durante a subida inicial. Essa interrupção causou a perda de potência, reduziu a velocidade e eliminou a sustentação necessária. Como resultado, a aeronave não conseguiu permanecer no ar. Normalmente, esse sistema só é utilizado em solo ou durante emergências controladas. Por isso, a ativação tão precoce levanta suspeitas sobre falha técnica ou ação humana.
Boletins da FAA já tratavam de falhas em modelos semelhantes
Além disso, boletins técnicos divulgados pela FAA em anos anteriores voltaram a ganhar destaque após o acidente. Um deles, o SAIB NM-18-33, publicado em 2019, alertava sobre falhas semelhantes em outros modelos da Boeing, especialmente os 737 NG e 737 MAX. Segundo os relatos, diversos pilotos enfrentaram o acionamento involuntário dos switches durante turbulência severa ou forte vibração estrutural. Embora os mecanismos apresentem variações no design, todos utilizam a mesma base operacional e seguem fabricados pela Honeywell.
FAA descarta risco imediato no Dreamliner e evita nova diretriz
Apesar das semelhanças no projeto, a FAA garantiu que o Boeing 787 não apresenta condição insegura. O órgão segue monitorando o caso e, até agora, descarta a necessidade de emitir uma Diretriz de Aeronavegabilidade. Além disso, notificou autoridades como a ANAC e a EASA, mantendo os demais órgãos internacionais atualizados. Como ainda não há relatos de falhas semelhantes, a posição da agência permanece inalterada.
Boeing reforça confiança no sistema e não recomenda mudanças
A Boeing também se pronunciou e reafirmou a segurança do switch de combustível do 787. Em nota enviada a clientes como o Grupo LATAM, a fabricante informou que não há registros de falhas semelhantes em outras aeronaves. Por isso, não recomenda substituições ou ações corretivas no momento.
Pilotos rejeitam hipótese de sabotagem ou erro deliberado
Apesar das dúvidas, a associação ALPA India rejeitou as especulações sobre sabotagem deliberada. Alguns meios de comunicação insinuaram que um dos tripulantes desligou os motores de forma intencional. No entanto, a entidade exige clareza sobre a manutenção do sistema e pressiona a Air India por respostas concretas quanto ao cumprimento das recomendações emitidas pela FAA em 2019.
Leitura das caixas-pretas será decisiva para a conclusão
As autoridades já recuperaram o gravador de voz (CVR) e o gravador de dados de voo (FDR). A análise técnica desses equipamentos será fundamental para entender o que de fato ocorreu na cabine. Até que a leitura esteja completa, todas as hipóteses seguem em aberto. Enquanto isso, cresce a expectativa por respostas concretas.
Segurança do switch de combustível do 787 depende de relatório final
Enquanto a investigação avança, a FAA e a Boeing continuam defendendo a segurança do switch de combustível do 787. Ainda assim, o relatório final será decisivo para identificar se houve falha técnica, erro humano ou ambos. Por isso, a indústria e os passageiros esperam com urgência por esclarecimentos conclusivos.
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