Shutdown nos EUA cancela participação dos Blue Angels e Thunderbirds em shows aéreos

Jota

3 de outubro de 2025

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O shutdown nos EUA cancela participação dos Blue Angels e Thunderbirds em shows aéreos e amplia as incertezas da temporada de outono da aviação americana. A paralisação começou às 00h01 de 1º de outubro de 2025, após impasse político em Washington, e suspendeu de imediato todas as demonstrações militares de qualquer modelo de avião ou helicóptero. Com isso, apresentações tradicionais de equipes de elite perderam espaço no calendário.

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Os impactos atingem diretamente os Blue Angels. A equipe deixou Pensacola, na Flórida, para se apresentar em Salinas, no California International Airshow. Contudo, a apresentação foi cancelada antes mesmo de começar. Além disso, a tradicional participação na Fleet Week Air Show, de São Francisco, saiu da programação, frustrando milhares de espectadores. Em paralelo, a página oficial da equipe saiu do ar, reflexo direto da suspensão orçamentária.

Thunderbirds e Viper fora do calendário da primeira semana de outubro

O cancelamento também atingiu outras equipes da Força Aérea. Em Salinas, a demonstração do F-16 Viper deixou a programação. Já no Pacific Airshow, em Huntington Beach, a Força Aérea retirou os Thunderbirds, o F-35 Lightning II Demonstration Team e aeronaves como o F-22 Raptor, o A-10 Thunderbolt II e o MV-22 Osprey. Mesmo assim, a organização confirmou o evento. Para manter a grade atrativa, reforçou a presença internacional com os Snowbirds canadenses e os Falcons da RAF. Além disso, pilotos civis e aeronaves históricas, como o B-29 Superfortress e o B-25 Mitchell, permanecem escalados. O público também poderá acompanhar demonstrações de aeronaves elétricas de decolagem vertical de diversas empresas do setor.

O cancelamento militar não afeta apenas o calendário, mas também a economia. A Fleet Week Air Show, de São Francisco, por exemplo, costuma atrair mais de um milhão de visitantes todos os anos. Além disso, o evento movimenta cerca de US$ 200 milhões, incluindo mais de US$ 10 milhões em impostos. Segundo analistas, o shutdown – um termo usado nos Estados Unidos quando o governo federal fica sem autorização orçamentária do Congresso para gastar dinheiro -, pode custar entre US$ 7 bilhões e US$ 15 bilhões por semana à economia americana. Portanto, quanto mais o impasse em Washington se prolongar, maiores serão as perdas financeiras.

Os efeitos se estendem para a aviação civil. A Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que afastará cerca de 11 mil funcionários. Essa medida pode atrasar inspeções de segurança, certificações de aeronaves e manutenção da infraestrutura de tráfego aéreo. Enquanto isso, mais de 13 mil controladores de voo e milhares de agentes da TSA continuam trabalhando sem remuneração. Assim, a pressão sobre o sistema aéreo cresce de forma significativa e expõe a fragilidade da operação.

Esse cenário aumenta a incerteza sobre os eventos da aviação nos Estados Unidos. Para os entusiastas, a expectativa é de que o impasse orçamentário seja resolvido rapidamente. Dessa forma, Blue Angels, Thunderbirds e demais esquadrões poderão voltar ao calendário e devolver aos shows aéreos americanos o prestígio que os transformou em referência mundial.

Cancelamento-das-apresentacoes-militares-em-show-aereos-no-EUA-na-1a-semana-de-Outubro_Imagem-Internet
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