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Sistema de nomenclatura da Airbus: entenda por que os aviões começam com “3”

O sistema de nomenclatura da Airbus segue um padrão que, à primeira vista, pode parecer apenas uma escolha estética. No entanto, ele carrega consigo significados históricos e estratégicos. Desde o seu primeiro modelo, o A300, a fabricante europeia adotou uma convenção clara: a letra “A” representa Airbus, enquanto o número “3” foi escolhido inicialmente para refletir a capacidade de 300 passageiros.

Criado no final da década de 1960, o A300 foi o primeiro avião comercial bimotor de fuselagem larga. Seu nome reforçava uma proposta ambiciosa para a época: transportar mais passageiros com mais eficiência. Assim nasceu o padrão “A3XX”, que segue até hoje com modelos como A310, A320, A330, A340, A350 e o famoso A380.

Airbus-A-380_Imagem-Airbus
Airbus-A-380_Imagem-Airbus

Um ponto curioso no sistema de nomenclatura da Airbus é a ausência de modelos como A360 e A370. Esses números foram simplesmente pulados, o que pode parecer estranho à primeira vista. Entretanto, essa escolha foi estratégica. O A380, por exemplo, foi selecionado propositalmente, pois o número 8 possui forte valor simbólico, especialmente na cultura asiática, onde representa sorte e prosperidade.

Como resultado, ao optar pelo A380 — o maior avião comercial já produzido —, a Airbus não apenas inovou no design e capacidade, mas também demonstrou sensibilidade ao seu crescente mercado na Ásia.

Além dos números principais, a Airbus também utiliza sufixos para indicar variações em seus modelos. Essa prática segue uma lógica funcional que facilita a identificação das aeronaves. Veja alguns exemplos comuns:

  • LR – Long Range (longo alcance)
  • ULR – Ultra Long Range (alcance ultra longo)
  • F – Freighter (versão cargueira)
  • P2F – Passenger to Freighter (conversão de passageiros para carga)

Essas variações permitem que operadores escolham configurações mais adequadas às suas rotas e estratégias de operação. Consequentemente, um A350-900ULR, por exemplo, é facilmente reconhecido como uma versão de longo alcance da família A350.

Nos modelos mais recentes, a Airbus incorporou novas siglas ao seu sistema de nomenclatura, visando destacar inovações tecnológicas e melhorias de desempenho. Entre as mais conhecidas, estão:

  • NEO (New Engine Option): Representa uma nova geração com motores mais eficientes e menor consumo de combustível. O A320neo, por exemplo, é uma atualização direta do clássico A320, com foco em economia operacional e redução de ruído.
  • CEO (Current Engine Option): Refere-se às versões anteriores, com motores tradicionais.
  • XWB (Extra Wide Body): Usado na família A350 para destacar a fuselagem mais larga, que proporciona maior conforto para os passageiros.

Assim, o nome A350 XWB indica uma aeronave de fuselagem extra larga, equipada com tecnologia de última geração.

Além disso, a Airbus também utiliza combinações numéricas no final dos nomes para indicar variantes internas. Por exemplo, A320-214 representa uma versão específica com configuração de motor e densidade de assentos definida.

Assim como, a Airbus, a Boeing também adota uma lógica própria em seus nomes, como nos modelos 707, 727, 737, 747, 757, 767, 777 e 787, todos terminando com o número 7. Essa escolha não é mera coincidência, mas sim parte de um posicionamento de marketing e engenharia. Ambas as empresas, portanto, seguem padrões sistemáticos que ajudam a construir identidade e confiança no mercado.

Enquanto a Boeing mantém a tradição do “7X7”, a Airbus consolidou a fórmula do “A3XX”. Cada fabricante, dessa forma, usa o sistema de nomenclatura para comunicar história, inovação e posicionamento estratégico.

O sistema de nomenclatura da Airbus vai além da estética ou da simplicidade operacional. Ele representa uma filosofia de padronização e identidade europeia, iniciada com o A300 e desenvolvida ao longo de décadas. Ainda hoje, a Airbus mantém flexibilidade para novos lançamentos, com espaços numéricos disponíveis — como o A360 e A370 — que podem ser utilizados no futuro.

Portanto, sempre que você avistar um A320 ou A350 cruzando os céus, saiba que aquele nome carrega muito mais do que apenas uma sequência lógica de números. Ele traduz uma trajetória de inovação, cultura e estratégia comercial da Airbus, que hoje disputa o protagonismo global na aviação comercial.

AeroJota

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