Empresa tem prazo limitado para resolver situação operacional e evitar perda dos slots da Voepass nos principais aeroportos de São Paulo.
Voepass tem até 10 de maio para vender ou retomar uso dos slots em Congonhas e Guarulhos
🚨 Decisão da Anac dá fôlego temporário para a Voepass
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) manteve os slots da Voepass – Um slot aeroportuário é a autorização para uma aeronave pousar ou decolar em um aeroporto em um horário e data específicos -, em Congonhas e Guarulhos, mesmo após a suspensão das operações da companhia desde 11 de março de 2025. Essa decisão, no entanto, oferece apenas um prazo curto para que a empresa solucione suas pendências.

Por isso, até o dia 10 de maio, a companhia deverá retomar suas operações regulares ou negociar os direitos de pouso e decolagem com outras empresas. Vale lembrar que essa janela é estratégica para a sobrevivência da empresa no setor.
📍 Quantos slots a Voepass possui hoje?
Atualmente, a Voepass detém 20 slots diários no Aeroporto de Congonhas, o equivalente a 3,43% da capacidade total do terminal, segundo a última divisão da temporada.
Além disso, a empresa também tem 8 slots no Aeroporto de Guarulhos, que representam uma presença relevante no maior aeroporto internacional do Brasil. Embora já tenha possuído horários mais vantajosos, a Voepass os trocou com a Latam em 2024.
🛑 Entenda por que os slots estão em risco
A Anac exige que as companhias aéreas cumpram no mínimo 80% dos voos programados por temporada para manter os slots ativos. Dessa forma, como a temporada atual vai de 30 de março até 25 de outubro, a Voepass já começa em desvantagem.
Caso não atinja esse percentual, a companhia pode perder definitivamente esses ativos valiosos. Vale destacar que o slot em Congonhas é um dos mais disputados da aviação comercial brasileira.
⚠️ Motivos da suspensão das operações
A suspensão dos voos da Voepass ocorreu por determinação da Anac, com base em falhas identificadas no sistema de gestão operacional da empresa. Segundo a agência reguladora, foram encontradas não conformidades que comprometiam a segurança da aviação.
Como consequência, a companhia foi obrigada a parar imediatamente suas atividades enquanto trabalha para solucionar os problemas técnicos e administrativos apontados.
💸 Pressões financeiras e ameaça de recuperação judicial
Além das questões regulatórias, a Voepass enfrenta uma situação financeira delicada. A empresa acumula dívidas superiores a R$ 215 milhões e estuda a possibilidade de entrar com pedido de recuperação judicial.
Para piorar, a Latam Airlines estuda rescindir o acordo de compartilhamento de voos (codeshare) com a Voepass, responsável por 97% das vendas de passagens da companhia. Essa possível ruptura pode afetar severamente o faturamento e as chances de retomada das operações.
🔁 Comparação com outras empresas que perderam slots
Historicamente, a Anac já adotou medidas semelhantes com outras empresas aéreas. Por exemplo, a Avianca Brasil perdeu todos os seus slots em Congonhas em 2019 após entrar em recuperação judicial e não cumprir os requisitos mínimos de operação.
Esse precedente mostra que a agência segue regras rígidas e que, assim como a Avianca, a Voepass pode perder seus slots definitivamente caso não consiga regularizar sua situação a tempo.
✅ Conclusão: o que está em jogo para a Voepass
Em resumo, a Voepass tem pouco mais de um mês para apresentar soluções e voltar a operar, ou para negociar seus slots com outras companhias interessadas. A perda desses ativos comprometeria seriamente sua competitividade e capacidade de retomada.
Portanto, os próximos dias serão decisivos para o futuro da companhia no mercado aéreo regional. Seja retomando voos ou vendendo seus slots, a Voepass precisará agir rápido para não perder espaço em um setor cada vez mais disputado.
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