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Embraer avalia transferência da produção do KC-390 para os EUA em resposta à pressão tarifária

A transferência da produção do KC-390 para os EUA entrou no radar da Embraer após a ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo governo dos Estados Unidos, afeta diretamente a fabricante. Atualmente, cerca de 30% da receita de exportações da empresa depende do mercado americano. Quando somadas as operações locais, esse número ultrapassa a metade do faturamento global. Segundo o InvestNews, o CEO Francisco Gomes Neto considera a medida essencial para proteger contratos internacionais e evitar uma retração semelhante à vivida na pandemia.

KC-390_Foto-Divulgacao-EMBRAER
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Tarifas elevadas inviabilizam exportações e obrigam mudança na estratégia industrial

A tarifa de 10%, vigente desde abril, já impõe desafios. No entanto, a elevação para 50% pode inviabilizar parte das encomendas e forçar realocações industriais. A Embraer previa crescer mais de 50% em cinco anos e alcançar US$ 10 bilhões de faturamento anual. Contudo, a crise tarifária tornou esse cenário incerto. Para evitar cancelamentos, a companhia estuda produzir o KC-390 diretamente nos Estados Unidos. Dessa forma, ela elimina a taxação e garante elegibilidade em contratos governamentais. Além disso, essa decisão fortalece a presença da marca no maior mercado de aviação do planeta.

KC-390 representa um dos maiores sucessos internacionais da Embraer

O cargueiro militar KC-390 conquistou espaço entre forças aéreas da OTAN, como Portugal, Hungria, Países Baixos, Áustria e República Tcheca. A aeronave, desenvolvida com tecnologia brasileira, combina robustez, alcance e flexibilidade operacional. Em diversas missões logísticas e táticas, o KC-390 superou expectativas. Portanto, mantê-lo competitivo no exterior é prioridade. A mudança para os EUA, se aprovada, atenderia também a exigências de conteúdo local. Isso facilitaria novos contratos e abriria portas para integrações logísticas com empresas americanas. Com isso, a Embraer ampliaria seu poder de negociação com governos e forças armadas estrangeiras.

Produção nos EUA pode envolver outras linhas estratégicas da Embraer

A Embraer já mantém fábrica nos Estados Unidos, em Melbourne, Flórida. Ali, são produzidos os jatos regionais E175, voltados ao mercado norte-americano. A planta pode ser expandida para receber a montagem do KC-390. Além disso, especialistas avaliam que outras linhas, como os E-Jets E2 e o A-29 Super Tucano, também podem migrar parcialmente. Esse movimento não apenas reduz impactos tarifários, como também aproxima a empresa de bancos, investidores e fornecedores locais. Portanto, a transferência de parte da produção representa um redesenho industrial que preserva a sustentabilidade da empresa sem abandonar o Brasil.

Transferência da produção do KC-390 para os EUA pode afetar empregos no Brasil

A realocação parcial da produção preocupa trabalhadores e fornecedores nacionais. Segundo o InvestNews, a Embraer já admite que até 20% da força de trabalho pode ser reduzida se a tarifa de 50% entrar em vigor. Pequenas e médias empresas da cadeia produtiva também sofreriam. Apesar disso, o CEO Francisco Gomes Neto declarou que a empresa busca evitar danos ao parque industrial brasileiro. Segundo ele, a prioridade é manter o máximo possível de atividades no país. Ainda assim, é necessário preservar a operação global e garantir contratos internacionais que sustentam a receita da companhia.

Embraer defende solução negociada com base em acordos bilaterais

A empresa intensificou negociações com autoridades brasileiras e americanas. O objetivo é repetir o modelo firmado entre Estados Unidos e Reino Unido, no qual compromissos bilaterais evitaram elevações tarifárias. Francisco Gomes Neto declarou ao InvestNews que a racionalidade econômica deve prevalecer. Afinal, segundo ele, tanto os Estados Unidos quanto o Brasil sairiam perdendo com uma guerra comercial. Para manter a estabilidade, a Embraer propõe acordos de fornecimento, compensações industriais e cláusulas de conteúdo local. Além disso, a empresa reforça seu compromisso com a inovação e com a manutenção da indústria aeronáutica brasileira.

Transferência da produção do KC-390 para os EUA continua em análise estratégica

A transferência da produção do KC-390 para os EUA continua sendo avaliada. A decisão, se confirmada, marcaria uma mudança histórica na indústria aeronáutica nacional. O KC-390 deixaria de ser fabricado exclusivamente em Gavião Peixoto e passaria a ser produzido também no exterior. Essa dualidade pode beneficiar a empresa no mercado global, mas levanta debates sobre soberania, geração de empregos e dependência externa. Enquanto negociações seguem em curso, a Embraer trabalha para proteger sua receita, preservar contratos e adaptar sua estrutura às novas exigências do cenário internacional.

KC-390-da-Embraer_Foto-FAB
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