Uso de aviões da FAB por Hugo Motta inclui viagens ao exterior e encontros com empresários
Eventos do mercado financeiro e compromissos políticos motivaram uso de jatinhos da FAB
O uso de aviões da FAB por Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, gerou críticas após a revelação de viagens para jantares e compromissos empresariais, o que causa estranheza porque os empresários não vão até o presidente da Câmara, ele é que vai de encontro aos empresários. Entre abril e julho de 2025, ele requisitou aeronaves da Força Aérea Brasileira ao menos sete vezes. Segundo o deputado, os voos ocorreram por motivos de segurança, embora muitos eventos tenham natureza privada.
Encontros com empresários e jantar com João Doria fizeram parte da agenda
Em São Paulo, Motta participou de reuniões com representantes do Esfera Brasil, banco Safra, Febraban, CNF e Associação Comercial de São Paulo. Além dessas agendas, ele compareceu a seminários promovidos pelos jornais Valor Econômico, O Globo e pela rádio CBN. Também esteve presente em um jantar com cerca de 50 empresários, realizado na casa do ex-governador João Doria. O evento foi promovido pelo grupo LIDE, voltado ao setor privado.
Viagens internacionais utilizaram jato Legacy da FAB com até 12 acompanhantes
Ainda em maio, o uso de aviões da FAB por Hugo Motta incluiu uma viagem para Nova York, onde participou de encontros com líderes internacionais e executivos. Em julho, o deputado viajou até Lisboa para o Fórum Jurídico da FGV, também chamado de “Gilmarpalooza”. Nessas ocasiões, ele utilizou um jato Legacy VC-99B, que fez escala em Cabo Verde. Conforme os registros, algumas comitivas contaram com até 12 passageiros, incluindo parlamentares aliados e assessores diretos. Além dos custos operacionais da aeronave, a FAB pagou R$ 60.900,00 em diárias à tripulação que permaneceu à disposição do deputado em Portugal. Para efeito de comparação, uma viagem internacional similar, contratada por empresa de táxi aéreo, custaria entre R$ 670 mil e R$ 820 mil, segundo estimativas do setor.
Sigilo na lista de passageiros desrespeita decreto que exige transparência
Apesar da previsão legal, a lista com os nomes dos passageiros não foi disponibilizada ao público. A FAB divulgou apenas o nome do solicitante, a quantidade total de ocupantes e os trechos dos voos. Contudo, o decreto nº 10.267/2020 determina que a autoridade solicitante deve apresentar a relação nominal dos passageiros sempre que houver questionamento formal. Mesmo com pedidos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação, os nomes seguem sob sigilo. A justificativa apresentada se baseou em motivos de segurança.
Pressão aumenta diante do uso de aviões da FAB por Hugo Motta
Conforme novos dados surgem, cresce a cobrança por esclarecimentos sobre o uso de aviões da FAB por Hugo Motta. Embora alguns compromissos fossem públicos, muitos eventos não possuíam vínculo direto com a função institucional da Câmara. Isso levanta dúvidas sobre o real interesse público dessas viagens. Além disso, a ausência de transparência reforça a percepção de privilégio, especialmente diante do uso de recursos da Força Aérea Brasileira.
Uso de aviões da FAB por autoridades para agendas pessoais não é inédito
Embora o uso de aviões da FAB por Hugo Motta tenha gerado repercussão, ele não é o primeiro político a utilizar aeronaves militares para compromissos com viés pessoal. Em governos anteriores, diferentes autoridades também requisitaram voos oficiais para destinos turísticos, festas, casamentos e até para fins eleitorais disfarçados de agendas institucionais. Um levantamento da imprensa mostrou que, entre 2019 e 2022, dezenas de voos da FAB foram destinados a eventos sociais ou de baixa relevância pública. Apesar das regras claras no decreto nº 10.267/2020, que restringe o uso a compromissos oficiais com justificativa formal, a prática de usar aviões militares como privilégio político continua recorrente. Portanto, o caso de Hugo Motta se soma a um padrão mais amplo de desvios no uso da estrutura aérea estatal.
Uso de aviões da FAB por Hugo Motta amplia debate sobre responsabilidade e acesso a voos militares
O uso de aviões da FAB por Hugo Motta para participar de jantares e fóruns privados reforça um debate antigo: até que ponto autoridades devem ter acesso irrestrito a recursos militares? Embora o deputado alegue razões de segurança, a negativa em divulgar a lista de passageiros contraria normas de transparência. Portanto, o episódio reforça a necessidade de maior controle institucional sobre o uso de aeronaves oficiais.
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