Janja e Moraes pegaram carona em avião da FAB para São Paulo. Enquanto isso, a aviação civil segue ignorada pelo governo.
Uso indevido da FAB levanta questionamentos sobre privilégios
O uso indevido da FAB ganhou mais um episódio escandaloso. No dia 13 de junho de 2025, a primeira-dama Janja viajou de Brasília a São Paulo em um jato ERJ-145 da Força Aérea Brasileira. A bordo, também estavam o ministro do STF Alexandre de Moraes e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. De acordo com o Metrópoles, Janja teria vindo a São Paulo para uma simples consulta ginecológica, aproveitando o voo oficial. O desembarque aconteceu na area VIP para autoridades no Aeroporto de Congonhas por volta das 10h50. Doze pessoas estavam na aeronave. Nenhuma delas explicou oficialmente o motivo da viagem. Mas imagens recebidas pela imprensa confirmam o uso da estrutura militar para fins particulares.
Custo do voo expõe o absurdo do uso indevido da FAB
O uso indevido da FAB pesa — e muito — no bolso do contribuinte. Um voo fretado entre Brasília e São Paulo em um jato regional como o ERJ-145, similar ao utilizado no trajeto da primeira-dama, pode ultrapassar os R$ 80 mil por trecho, segundo estimativas do mercado de táxi-aéreo. Empresas indicam valores entre R$ 45 mil e R$ 90 mil, dependendo do modelo, da operação e do número de passageiros. Enquanto isso, passagens comerciais no mesmo trajeto custam menos de R$ 600. A diferença? O cidadão paga a conta dos voos “oficiais”, que viraram caronas de luxo para figuras públicas com acesso privilegiado.
Brechas legais alimentam o uso indevido da FAB
O uso indevido da FAB não é novo, mas tornou-se comum após a edição do Decreto 10.267/2020, que permite o preenchimento de assentos vagos por convidados de autoridades com prerrogativa. Na prática, essa brecha vem sendo utilizada para legitimar viagens de quem não tem nenhum direito previsto. Janja não ocupa cargo público, tampouco Alexandre de Moraes precisaria embarcar com ministros do Executivo. A carona, portanto, transforma um voo institucional em transporte pessoal travestido de legalidade. E o mais grave: a FAB, o Ministério da Justiça e o próprio STF se calam, enquanto a estrutura militar é usada como frota VIP particular.
Aviação civil em colapso, FAB virando jatinho particular
Enquanto o uso indevido da FAB cresce de forma escancarada, a aviação civil brasileira enfrenta um cenário de retração e abandono. Voos regionais estão desaparecendo, rotas são cortadas, aeroportos perdem estrutura e empresas lutam para sobreviver. Mas isso não parece preocupar quem governa. Para essa elite política, há sempre um jato da FAB pronto para embarques “em caráter excepcional” — ainda que o motivo seja uma consulta ginecológica ou um simples deslocamento pessoal, sem agenda oficial divulgada. A desconexão entre o privilégio oficial e a realidade do cidadão comum, que enfrenta filas, atrasos e tarifas abusivas, revela o desprezo com o qual o sistema público trata a coletividade.
O uso indevido da FAB virou privilégio institucionalizado
O uso indevido da FAB não é mais exceção. Tornou-se rotina. O caso envolvendo Janja e Moraes não é apenas imoral — é um retrato fiel do distanciamento da classe dominante em relação ao povo. A FAB não é frota de luxo para esposas de presidentes ou ministros do Judiciário. É uma força militar que deveria servir ao país com responsabilidade e finalidade pública. Quando se aceita que voos militares virem caronas pessoais, a democracia se contamina pelo privilégio. E quem paga essa conta, como sempre, é o contribuinte.
Quer levar um pedacinho da história da aviação para casa? Confira o Classificados Aeronáutico AEROJOTA com souvenirs, colecionáveis e decorativos exclusivos. Acesse agora: www.aerojota.com.br e descubra raridades que fazem qualquer apaixonado por aviação decolar de emoção!