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Voo da Aerolíneas Argentinas dá voltas por quase uma hora por falta de controlador de tráfego aéreo

Na manhã da última quinta-feira, 27 de março, um voo da Aerolíneas Argentinas protagonizou uma situação inusitada e, ao mesmo tempo, preocupante na aviação civil: a aeronave teve que permanecer quase uma hora voando em círculos no espaço aéreo da província de Santa Fé, na Argentina, porque não havia nenhum controlador de tráfego aéreo presente na torre do Aeroporto Sauce Viejo, o destino do voo.

Aerolineas-Argentina-sem-controle-de-trafego-aereo
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O caso levanta sérias questões sobre a operação de aeroportos regionais e a segurança da aviação comercial no país vizinho. Embora nenhum passageiro tenha ficado ferido, o episódio chamou a atenção de autoridades, profissionais do setor e da imprensa especializada.

O voo foi operado por um Embraer E190 com capacidade para cerca de 96 passageiros. Ele decolou às 07h18 da manhã, no horário local (o mesmo de Brasília), do Aeroparque Jorge Newbery, em Buenos Aires, com destino ao Aeroporto Sauce Viejo, que serve a cidade de Santa Fe, uma das mais importantes da região central da Argentina.

O trajeto entre as duas cidades geralmente leva cerca de 50 minutos. Contudo, ao se aproximar do destino, a aeronave não conseguiu obter autorização para pouso, pois ninguém estava presente na torre de controle do aeroporto.

Sem comunicação com os controladores e seguindo os protocolos de segurança, a tripulação entrou em procedimento de espera, realizando múltiplas voltas a uma altitude segura até que a situação fosse resolvida.

O Aeroporto Sauce Viejo é um terminal de menor porte que opera apenas um voo comercial regular por dia — justamente o operado pela Aerolíneas Argentinas. Mesmo com baixo volume de tráfego, o aeroporto deve, obrigatoriamente, manter uma equipe mínima de operação e segurança disponível durante os horários previstos para chegada e partida de aeronaves.

A ausência de controladores de tráfego no horário programado expôs uma falha grave de coordenação operacional, seja por parte da administração do aeroporto ou das autoridades responsáveis pela gestão do controle aéreo na região.

Após a repercussão do caso, o governo da província de Santa Fe, responsável pela administração do terminal, divulgou uma nota afirmando que irá apurar o ocorrido e adotar medidas para evitar que situações semelhantes voltem a acontecer.

“O atraso na presença de operadores técnicos na torre de controle já está sendo investigado. Ressaltamos que os protocolos foram seguidos corretamente pela companhia aérea e que em nenhum momento houve risco à segurança dos passageiros”, diz o comunicado oficial.

Vale destacar que a decisão do comandante da aeronave foi acertada ao optar por permanecer em voo de espera. A tripulação manteve contato com o controle regional, respeitou os limites de autonomia da aeronave e aguardou as condições adequadas para o pouso.

Esse tipo de ocorrência, embora rara, é previsto nos manuais de segurança e demonstra a eficiência dos procedimentos operacionais padrão (SOPs) adotados pelas companhias aéreas e pelos profissionais da aviação.

Após aproximadamente 60 minutos voando em círculos, o Embraer E190 finalmente recebeu autorização para iniciar os procedimentos de aproximação e pouso. A aterrissagem foi realizada de forma segura, e os passageiros desembarcaram já com um considerável atraso em relação ao cronograma original.

Alguns relatos nas redes sociais indicam que houve surpresa e desinformação por parte dos passageiros a bordo, que não foram inicialmente informados sobre o motivo exato da demora.

O que esse caso revela sobre a aviação regional?

Embora tenha tido um desfecho seguro, o incidente em Santa Fe levanta um alerta sobre os desafios enfrentados por aeroportos regionais em diversos países, não só na Argentina. A operação esporádica e a baixa frequência de voos não podem justificar a ausência de protocolos básicos, como a presença de profissionais habilitados no horário previsto para operações aéreas.

Além disso, casos como esse reforçam a necessidade de investimentos em infraestrutura, fiscalização e treinamento contínuo, especialmente em terminais menores, que são muitas vezes os únicos pontos de conexão aérea para comunidades afastadas dos grandes centros urbanos.

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