Parecer do governo federal impulsiona plano de voos internacionais em Congonhas
Com sinal verde inicial, Congonhas se aproxima dos voos internacionais
O projeto para voos internacionais em Congonhas avançou nesta semana após a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), ligada ao Ministério de Portos e Aeroportos, emitir um parecer técnico favorável ao pedido de internacionalização apresentado pela concessionária Aena Brasil.
No entanto, esse parecer não encerra o processo. A etapa atual funciona como um “sim” preliminar dentro de um rito mais amplo, que ainda exige validações operacionais e a estruturação dos serviços de fiscalização necessários.

Por que o parecer favorável não é a autorização final
Apesar do avanço, o governo deixou claro que o documento da SAC não equivale à liberação definitiva para operações internacionais no terminal paulistano. Agora, a proposta segue para análise de órgãos responsáveis por controle migratório, aduaneiro, sanitário e agropecuário.
Em termos práticos, a discussão passa a envolver a implantação e o funcionamento de estruturas como imigração, alfândega e vigilâncias. Por isso, a tramitação deve depender da avaliação de órgãos como Polícia Federal, Receita Federal e autoridades sanitárias e agropecuárias.
O que a Aena quer operar e qual o recorte de rotas
A proposta divulgada pela concessionária aponta para rotas regulares de curta e média distância, com foco em destinos da América do Sul. Essa escolha tende a conversar com o perfil do aeroporto, que opera com alta densidade doméstica e limitações físicas típicas de um terminal central.
Além disso, a concessionária sinalizou que pretende medir o interesse das companhias aéreas antes de avançar para uma modelagem de oferta. Assim, o desenho final da malha internacional, caso se concretize, ainda deve passar por negociação comercial e planejamento operacional.
Por que 2028 aparece como marco para os voos internacionais em Congonhas
Embora o tema já gere expectativa, a previsão mais repetida no mercado aponta que os voos internacionais em Congonhas só devem começar a partir de 2028, acompanhando a entrega das principais obras de modernização do aeroporto.
Segundo informações já publicadas, o Aeroporto de Congonhas, que já foi no passado um aeroporto internacional, passa por um programa de ampliação que inclui novo terminal de passageiros, aumento de pontes de embarque, ajustes de pátio e áreas de apoio. Ou seja, a internacionalização fica vinculada ao cronograma de infraestrutura e à capacidade de acomodar, com segurança, fluxos de chegada e saída com controle de fronteira.
O que muda para o sistema aeroportuário de São Paulo
Hoje, Guarulhos concentra as operações internacionais regulares na Grande São Paulo. Portanto, se Congonhas entrar nesse segmento, mesmo com recorte regional, o movimento pode mexer com a lógica de conectividade e distribuição de demanda.
Ao mesmo tempo, o debate deve ganhar camadas técnicas e regulatórias. Questões como capacidade do espaço aéreo, restrições operacionais, processamento de passageiros e integração dos órgãos fiscalizadores tendem a pesar nas próximas etapas.
Próximos passos e o que acompanhar daqui em diante
A partir de agora, o processo depende da evolução técnica com os órgãos envolvidos e do andamento das obras no aeroporto. Além disso, o interesse real das companhias aéreas deve influenciar o formato e o ritmo de implantação.
Por isso, a pauta segue aberta. A cada novo parecer, o projeto ganha ou perde tração, e o mercado passa a enxergar com mais clareza se o plano vira operação regular ou permanece como intenção condicionada ao pacote de infraestrutura.
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