Voos internacionais no Aeroporto de Congonhas começam a ser preparados para 2028

Jota

22 de dezembro de 2025

Voos-internacionais-em-Congonhas-2028_Imagem-divulgacao-AENA-Brasil

Os futuros voos internacionais em Congonhas voltaram ao centro do debate após novas atualizações do projeto do Novo Congonhas. Afinal, a concessionária prevê uma transformação ampla do terminal, com foco em capacidade e experiência do passageiro. Ao mesmo tempo, a proposta não mira um “hub” intercontinental. Em vez disso, o plano divulgado aponta para operações internacionais mais curtas, com foco regional na América do Sul.

Ainda assim, o assunto chama atenção porque Congonhas é um dos aeroportos mais demandados do país. Por isso, qualquer mudança de perfil mexe com a malha aérea e com o equilíbrio entre CGH, GRU e VCP.

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Esses voos internacionais já aparecem associados a uma data-chave: junho de 2028. Esse é o horizonte citado em materiais e reportagens do setor para a conclusão das principais entregas do Novo Congonhas, incluindo o novo terminal. Além disso, o pacote de investimentos divulgado gira em torno de R$ 2 bilhões. Com isso, a modernização busca ampliar a capacidade operacional e reorganizar fluxos internos do aeroporto.

Segundo informações veiculadas na imprensa especializada, o projeto inclui aumento de posições para aeronaves e expansão de áreas de embarque e desembarque. Ao mesmo tempo, a meta de capacidade citada em diferentes publicações chega a 29,5 milhões de passageiros por ano.

Os voos internacionais não dependem apenas de obra pronta. Na prática, a operação internacional exige alfandegamento, rotinas de fiscalização e desenho de fluxo compatível com controle migratório e aduaneiro. Por isso, a Receita Federal aparece como um ator central nessa etapa. Nos últimos meses, o tema foi tratado publicamente em conteúdos do setor que apontam avanço de conversas entre Aena Brasil e Receita para viabilizar o processo.

Ainda que o cronograma seja mencionado com frequência, a estreia efetiva depende de entregas, autorizações e validações. Portanto, até a implementação completa, o projeto continua condicionado às etapas formais.

Voos internacionais em Congonhas, segundo a linha apresentada em diferentes reportagens, seriam rotas regionais na América do Sul. Ou seja, a discussão gira em torno de destinos próximos, que façam sentido operacional para o aeroporto e para a demanda de São Paulo. Nesse cenário, entram rotas com grande apelo de negócios e turismo. Além disso, o desenho costuma ser associado a aeronaves de corredor único, usadas em ligações curtas e médias, que hoje dominam a malha doméstica em Congonhas.

A imprensa especializada também relata que a concessionária teria feito sondagens com companhias brasileiras e estrangeiras de perfil regional. Ainda assim, conversas de mercado não equivalem a anúncio de rotas, já que o início depende do aeroporto estar apto.

A retomada internacional pode ocorrer de forma gradual e por fases

Os voos internacionais em Congonhas também são citados como uma retomada em etapas. Em algumas publicações, aparece a expectativa de que a aviação geral e executiva possa avançar antes. Depois disso, os voos comerciais internacionais entrariam no cenário com a entrega do novo terminal. Esse modelo, aliás, ajuda a testar processos e fluxos. Além disso, ele reduz riscos operacionais durante a transição, porque o aeroporto segue com alta demanda doméstica enquanto passa por mudanças estruturais.

Por outro lado, a operação internacional em Congonhas tende a exigir uma coordenação fina de horários. Afinal, o aeroporto já opera em um ambiente de slots valiosos, o que aumenta a sensibilidade do planejamento.

A possível internacionalização de Congonhas impacta a malha aérea paulista

Voos em Congonhas podem alterar parte da lógica de distribuição de tráfego na região metropolitana. Hoje, Guarulhos concentra a maioria das rotas internacionais comerciais, enquanto Congonhas atua como eixo doméstico de alta frequência. Se Congonhas passar a operar rotas internacionais regionais, a mudança pode abrir um novo tipo de conectividade direta. Além disso, ela pode reduzir deslocamentos terrestres para parte do público, dependendo do destino e da oferta.

Ainda assim, o marco de 2028 precisa ser lido como planejamento de projeto. Portanto, o acompanhamento de obras, licenças e processos de alfandegamento será decisivo para confirmar quando, e em quais condições, o Aeroporto de Congonhas voltará ao mapa internacional.

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