Avião com 200 kg de cocaína cai em Alagoas

Jota

17 de setembro de 2025

Aeronave-Sling-4-registrada-na-Africa-do-Sul-semelhante-ao-aviao-que-caiu-em-Alagoas-com-cocaina_Imagem-PM-Alagoas.

Um avião com 200 kg de cocaína cai em Alagoas e evidência a presença de rotas clandestinas no espaço aéreo nacional. O acidente ocorreu no domingo (14), em um canavial no município de Coruripe, litoral sul do estado de AL. O piloto, único ocupante da aeronave, morreu na queda.

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Moradores ouviram um estrondo forte e chamaram a polícia. A 9ª Companhia Independente da PM chegou rapidamente ao local e confirmou o acidente. Logo em seguida, a área foi isolada para evitar riscos de explosão. Além disso, equipes da Polícia Civil, da Polícia Científica e do Corpo de Bombeiros atuaram na operação. Dessa forma, garantiram segurança e realizaram a perícia inicial.

Entre os destroços estavam quase 200 kg de cocaína em tabletes. O material foi recolhido e levado ao Centro Integrado de Segurança Pública de Coruripe. Posteriormente, seguiu para a Central de Flagrantes em Maceió, onde permanece sob custódia judicial.

A aeronave utilizava o prefixo ZU-IXM, pertencente à África do Sul. O código “ZU” identifica aviões experimentais, ultraleves e de construção amadora. Registros internacionais indicam que se trata de um Sling 4 TSi, fabricado pela empresa Sling Aircraft (Pty) Ltd.

O site JetPhotos publicou imagens dessa aeronave operando no Brasil, em Igarassu–PE. Pela pintura e pelas características visíveis, tudo indica que seja a mesma que caiu em Alagoas. Entretanto, não há registro do ZU-IXM na ANAC. Esse detalhe gera dúvidas sobre a legalidade de sua operação em território nacional e amplia o alcance das investigações.

Autoridades acreditam que a aeronave não foi interceptada pela Força Aérea Brasileira porque deveria estar voando com plano de voo aprovado. Essa condição pode ter dificultado sua detecção por radar durante o trajeto. Até o momento, não existem informações sobre o local de decolagem nem sobre o destino planejado. Portanto, esses pontos permanecem sob apuração.

As primeiras análises sugerem que a queda ocorreu em razão de pane mecânica ou falha operacional. No entanto, apenas a perícia do Cenipa poderá confirmar as causas do acidente. Enquanto isso, a Polícia Federal acompanha o caso para rastrear a origem da droga e identificar possíveis conexões internacionais.

O Nordeste oferece áreas rurais extensas, pistas improvisadas e pouca fiscalização, fatores que favorecem operações clandestinas. Além disso, a presença de um prefixo sul-africano levanta questionamentos sobre a entrada e a circulação de aeronaves internacionais no espaço aéreo nacional.

A queda do avião com 200 kg de cocaína em Alagoas pressiona as autoridades a reforçarem o monitoramento. Operações conjuntas entre polícias e Força Aérea devem ganhar intensidade. Assim, o caso deve expor tanto as falhas de fiscalização quanto a estrutura criminosa que atua nessas rotas.

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