Avião da Venezuela interceptado pela FAB com drogas no Amazonas

Jota

16 de setembro de 2025

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O avião da Venezuela interceptado pela FAB com drogas mobilizou as atenções no país. Na manhã de quarta-feira (10/9), radares identificaram um bimotor Beechcraft 58 Baron que entrou ilegalmente no espaço aéreo nacional. O avião transportava cerca de 546,5 kg de maconha skunk e voava em direção ao Amazonas. A operação demonstrou a rapidez da Força Aérea Brasileira (FAB) para neutralizar ameaças vindas de fronteiras vulneráveis.

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Logo após a detecção, o Comando de Operações Aeroespaciais (Comae) enviou caças A-29 Super Tucano para a interceptação. Os militares executaram todos os protocolos previstos: aproximação, reconhecimento visual, comunicação e ordem de pouso forçado. O piloto, no entanto, ignorou as determinações. Em seguida, desceu de forma arriscada até a copa das árvores e lançou o bimotor nas águas da represa de Balbina. Portanto, a manobra evidenciou a intenção de fugir a qualquer custo.

Equipes da Polícia Federal chegaram em um helicóptero Bell 412 da PF. Os agentes revistaram a aeronave e encontraram aproximadamente 546,5 kg de skunk. Esse tipo de droga possui valor mais elevado que a maconha comum. Embora os policiais tenham confirmado a apreensão, o piloto conseguiu escapar. Nesse contexto, a investigação continua para identificar a rede criminosa responsável pelo transporte aéreo.

A interceptação integrou a Operação Ostium, parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF). A FAB e a Polícia Federal atuaram em conjunto para conter atividades ilícitas transnacionais. Dessa forma, a iniciativa reforça a soberania brasileira sobre áreas estratégicas da Amazônia. Além disso, evidencia o papel central da cooperação entre forças militares e órgãos de segurança pública no enfrentamento ao narcotráfico.

As abordagens aéreas seguem normas estabelecidas em decreto de 2004. A legislação determina que pilotos militares orientem, por rádio ou sinais, aeronaves suspeitas para pouso em local seguro. Caso a ordem não seja cumprida, os caças disparam munição traçante como advertência. Se ainda houver descumprimento, a aeronave é considerada hostil. Assim, o piloto militar pode efetuar disparos diretos.

Esse não foi um episódio isolado. Em fevereiro, caças da FAB abateram um avião venezuelano que entrou ilegalmente no Brasil, resultando na morte de dois traficantes. Em maio, no Pará, pilotos da FAB interceptaram outro bimotor, que transportava 200 kg de skunk. Os ocupantes incendiaram a aeronave e fugiram. Portanto, a repetição desses casos comprova a necessidade de vigilância contínua.

Entre janeiro de 2019 e julho de 2024, a FAB interceptou 4.020 aeronaves irregulares em território nacional. Em 90 operações, foi necessário disparar tiros de advertência para forçar pilotos a obedecer. Muitos desses aviões transportavam drogas ou sobrevoavam áreas restritas, como a Terra Indígena Yanomami. Nesse sentido, os números demonstram a importância estratégica da atuação militar no combate a crimes aéreos.

O episódio em Presidente Figueiredo mostra que o avião da Venezuela interceptado pela FAB com drogas representa apenas parte de um problema maior. O tráfico aéreo busca constantemente rotas clandestinas. Contudo, a resposta rápida das autoridades garante que a soberania brasileira seja preservada. Assim, a integração entre a FAB e a Polícia Federal segue como ferramenta essencial para proteger a população e enfraquecer o narcotráfico.

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