A decisão impacta pilotos, alunos e proprietários de aeronaves, gerando preocupação sobre o futuro da aviação geral na região
Infraero Notifica Aeroclube e Determina Desocupação do Hangar no Aeroporto de Mossoró
A Infraero emitiu uma notificação ao Aeroclube de Mossoró, exigindo a desocupação do hangar localizado no Aeroporto Dix-Sept Rosado (SBMS). A decisão impõe que os associados e membros retirem suas aeronaves e demais bens até o dia 24 de março de 2025.

Motivo da Notificação
Segundo informações preliminares, a Infraero justificou a medida com base na necessidade de reorganizar o espaço aeroportuário. O contrato de cessão do hangar teria chegado ao fim, e a estatal busca destinar o local para novas operações ou readequações dentro do aeroporto. Além disso, há relatos de que a área poderá ser concedida para novas empresas do setor aéreo ou para melhorias na infraestrutura aeroportuária.
Impacto para os Associados
A decisão afeta diretamente pilotos, proprietários de aeronaves e alunos de aviação que utilizam o hangar para atividades de instrução e manutenção. O Aeroclube de Mossoró é uma referência na formação de aviadores na região, e a notificação levanta preocupações sobre o futuro das operações no local. Alguns associados já manifestaram preocupação sobre a falta de alternativas imediatas para a realocação das aeronaves.
Reações da Comunidade Aeronáutica
A comunidade aeronáutica local tem se mobilizado para tentar reverter a decisão. Representantes do Aeroclube de Mossoró já entraram em contato com autoridades locais e estaduais em busca de apoio. Há rumores de que reuniões com representantes da Infraero e do governo do estado estejam sendo organizadas para discutir possíveis soluções.
Possíveis Desdobramentos
- Negociação: O Aeroclube poderá tentar um acordo com a Infraero para estender o prazo ou buscar um novo espaço dentro do próprio aeroporto.
- Transferência das Aeronaves: Associados precisarão buscar hangares alternativos em Mossoró ou em cidades próximas.
- Impacto na Aviação Regional: A mudança pode afetar o treinamento de novos pilotos e a dinâmica da aviação geral na região.
- Ação Judicial: Caso não haja acordo, o Aeroclube pode recorrer à Justiça para tentar impedir a desocupação imediata.
Próximos Passos
Ainda não há um posicionamento oficial por parte do Aeroclube de Mossoró sobre medidas que serão tomadas diante da notificação. Enquanto isso, pilotos e entusiastas da aviação aguardam maiores esclarecimentos e possíveis alternativas para manter as atividades no aeroporto. A expectativa é que nos próximos dias a Infraero se manifeste sobre eventuais negociações.
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Atualização
O Aeroclube de Mossoró emitiu a seguinte nota que reproduzimos abaixo na Íntegra:
“Os valores que colocaram nessas licitações foram valores irreais para um aeroporto de pequeno porte, onde se utiliza aeronaves somente para voos curtos e a lazer. Esses valores ficaram fora da realidade dos associados e membros. São pessoas que têm aviões baratos, que não possuem condições de arcar com custos altíssimos. Sendo assim, o Aeroclube se enfraqueceu. Muitos saíram do aeroporto, migrando para outras cidades onde não é cobrado esse tipo de aluguel, e outros chegaram até a vender suas aeronaves. Com essa realidade, o Aeroclube não conseguiu mais se sustentar.
Sobre a decisão, a Infraero não negociou com a gente. Ela impôs um valor, que teria que ser pago de forma mensal. Tentamos negociar valores mais baixos, até porque, hoje, não existem outros interessados naqueles hangares. Com isso, o Aeroclube decidiu fechar as portas por inviabilidade.
Vale ressaltar que foi o Aeroclube que sustentou aquele aeroporto por muito tempo. Antes da Infraero, o espaço era administrado pelo Governo do Estado e pelo Departamento Estadual de Rodagens (DER/RN), e o aeroporto ficou muito tempo fechado por não ter condições da prática de voo. Com a ação do Aeroclube, foram feitas reformas, como construção de cercas, balizamento de pista, com recursos do próprio bolso dos presidentes, para manter o aeroporto vivo. A Infraero não reconheceu essas benfeitorias. Eles foram autoritários. Não houve consideração pelas entidades. Os aviadores se sentiram expulsos do aeroporto, esse foi o sentimento de todos”
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